Também filiado ao PDT, novo ministro foi deputado federal por seis mandatos consecutivos entre 1995 e 2023, liderou oposição a Jair Bolsonaro e ocupava ao cargo de secretário-executivo da pasta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou nesta sexta-feira (2) o ex-deputado federal Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência Social. A decisão ocorreu após o pedido de demissão de Carlos Lupi, que deixou o cargo em meio a investigações sobre fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Queiroz, de 52 anos, é natural de Caruaru (PE) e ocupava até então o cargo de secretário-executivo da Previdência, o segundo mais importante da pasta. Filiado ao PDT, mesmo partido de Lupi, Wolney foi deputado federal por seis mandatos consecutivos entre 1995 e 2023 e liderou a oposição ao governo Jair Bolsonaro na Câmara em seu último mandato.
A crise na Previdência teve início com a descoberta de um esquema que descontava valores indevidos de aposentados e pensionistas. A operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União apontou que associações cadastravam beneficiários sem autorização para cobrar mensalidades, causando um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O esquema envolveu servidores públicos e empresários.
Lupi pediu demissão após ser alvo de críticas por ter sido alertado sobre as irregularidades em 2023, sem tomar medidas imediatas. A primeira ação efetiva para combater as fraudes só ocorreu nove meses depois da denúncia inicial. A exoneração de Lupi e a nomeação de Queiroz foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União.
O novo ministro já comandou interinamente a Previdência durante a ausência de Lupi em 2023 e foi indicado por ele para integrar a equipe de transição entre os governos Bolsonaro e Lula. Queiroz afirmou que pretende fortalecer a fiscalização para proteger os beneficiários do INSS e recuperar a confiança na gestão da Previdência.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
