Durante evento em São Paulo, Márcio Macêdo sustentou em seu discurso a permanência de Carlos Lupi no ministério após escândalo do INSS
Nesta quinta-feira (1º/5), Dia do Trabalhador, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, participou de um ato em São Paulo. O evento foi organizado por centrais sindicais; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu comparecer por motivos de agenda internacional a cumprir.
Durante o evento, Macêdo defendeu a continuidade de Carlos Lupi à frente do Ministério da Previdência Social. Lupi enfrenta críticas devido ao esquema de descontos indevidos em benefícios do INSS, caso deflagrado e investigado pela Polícia Federal (PF). Segundo Macêdo, não há indícios do envolvimento direto de Lupi e afirmou que os responsáveis serão punidos conforme a lei.
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Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, ministra das mulheres Cida Gonçalves e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante ato do dia 1º de Maio das Centrais Sindicais, na Praça Campo de Bagatelle em Santana, São PauloFoto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Ato ocorreu em São Bernardo do Campo, São Paulo, com apresentaçõesDivulgação: Juliana Cardoso/Deputada Federal
Ato do Dia do Trabalhador em São Paulo, na Avenida PaulistaFoto: Letycia Bond/Agência Brasil
Ato do Dia do Trabalhador em São Paulo, na Avenida PaulistaFoto: Letycia Bond/Agência Brasil
O ato, realizado no Paço Municipal de São Bernardo do Campo, em São Paulo, contou com a presença de outros ministros, incluindo Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego. Marinho destacou que as irregularidades nos descontos associativos do INSS ocorrem desde 2019 e que o governo atual está empenhado em resolver o problema com a nomeação de um novo presidente para o INSS, Gilberto Waller Júnior.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, afirmou que mais de 70 mil pessoas passaram pelo Paço Municipal durante as celebrações. Apesar do número expressivo, nenhuma estimativa oficial foi divulgada por institutos de pesquisa ou autoridades públicas.
A ausência de Lula, que está em viagens à Rússia e à China, foi notada, especialmente após o evento do ano anterior ter sido marcado por baixa participação popular. O presidente optou por fazer um pronunciamento em rede nacional na véspera do feriado. A decisão teria sido motivada também, segundo interlocutores, pela tentativa de evitar novo constrangimento com público reduzido, como ocorreu em 2024.
Em clima de celebração e reivindicação, o debate sobre a jornada de trabalho 6×1 foi um dos destaques deste feriado. A proposta de mudança, encabeçada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) através de uma PEC em tramitação no Congresso, foi assumida pelo governo como uma das pautas centrais.
Para atrair mais público em relação ao ano anterior, os organizadores investiram em ações populares, como o sorteio de automóveis em São Paulo. Já no ABC Paulista, shows com nomes como MC Hariel e o cantor Belo animaram a plateia.
