Mesa da Câmara pede suspensão de deputado após ofender Gleisi

Mesa da Câmara pede suspensão de deputado após ofender Gleisi


Durante sessão na Comissão de Segurança Pública, Gilvan da Federal associou a ministra ao apelido “amante”

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados protocolou na 4ª feira (30.abr.2025) uma representação contra o deputado Gilvan da Federal (PL-ES), pedindo a suspensão do mandato do congressista por 6 meses, por ofensas contra a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Eis a íntegra (287 kB – PDF).

Esta é a 1ª vez que a direção da Casa aciona uma prerrogativa criada durante a gestão do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) para acelerar a punição de congressistas.

“As falas do representado excederam o direito constitucional à liberdade de expressão, caracterizando abuso das prerrogativas parlamentares, além de, repise-se, ofenderem a dignidade da Câmara dos Deputados, de seus membros e de outras autoridades públicas”, afirma a Mesa Diretora.

Com o protocolo da representação, o Conselho de Ética tem até 3 dias úteis para analisar o caso. Se o colegiado não se manifestar dentro do prazo, o documento é levado diretamente ao plenário da Câmara para votação.

A avaliação é que as declarações do deputado não estariam em conformidade com o decoro parlamentar e o padrão de comportamento esperado de um representante eleito.

Segundo o texto da representação, Gilvan da Federal fez insinuações “abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” à ministra. “As falas excederam o direito constitucional à liberdade de expressão, caracterizando abuso das prerrogativas parlamentares, além de, repise-se, ofenderem a dignidade da Câmara dos Deputados, de seus membros e de outras autoridades públicas”.

Na Comissão de Segurança Pública, na 3ª feira (29.abr), Gilvan se referiu à ministra com palavras “ofensivas e difamatórias”, segundo a Mesa Diretora. Durante a sessão, o deputado associou a ministra ao apelido “amante”, que teria sido atribuído a ela em uma lista de supostos repasses ilegais da Odebrecht a políticos. Gilvan também afirmou que a pessoa apelidada de “amante” deveria “ser uma prostituta do caramba”.





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