Governo Lula inicia operação para expulsar garimpeiros da Terra Indígena Kayapó, no Pará

Governo Lula inicia operação para expulsar garimpeiros da Terra Indígena Kayapó, no Pará


Ação, com início previsto para a próxima sexta-feira (2), responde a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que exige a desocupação da área por invasores

Policía Federal/DivulgaçãoTerra Indígena Kayapó no Pará
Terra Indígena Kayapó no Pará

O governo federal, sob a liderança de Lula, dará início a uma operação na próxima sexta-feira (2) com o objetivo de remover garimpeiros da Terra Indígena Kayapó, localizada no Pará. Essa ação, que está prevista para se estender por 90 dias, é uma resposta a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que exige a retirada de invasores da área. A mineração é considerada ilegal na região, que também enfrenta problemas como grilagem de terras e extração clandestina de madeira.

A atividade de garimpo ilegal já causou a destruição de aproximadamente 274 hectares de floresta nativa. A coordenação da operação ficará a cargo da Casa Civil e do Ministério dos Povos Indígenas, com a colaboração de pelo menos 20 órgãos, incluindo a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As ações programadas incluem fiscalização rigorosa, destruição de equipamentos de garimpo e monitoramento aéreo da área.

Nilton Tubino, assessor da Casa Civil, informou que serão estabelecidas bases permanentes da Força Nacional para prevenir o retorno dos garimpeiros. Ele ressaltou que a operação também se concentrará em atividades que sustentam o garimpo ilegal, como o transporte e a comercialização de combustíveis irregulares. Essa abordagem visa desmantelar toda a rede que apoia a mineração clandestina.

O garimpo na Terra Indígena Kayapó tem se expandido, com a presença de quatro grandes operações que ocupam cerca de 18 mil hectares. Tubino enfatizou que até mesmo máquinas pertencentes a indígenas serão destruídas se forem utilizadas para atividades de mineração, uma vez que a prática é ilegal, independentemente de quem a realize. Essa medida visa garantir a integridade da legislação ambiental e dos direitos dos povos indígenas.

A Terra Indígena Kayapó é a segunda mais afetada pela mineração ilegal na Amazônia. O governo optou por não divulgar informações sobre o número de invasores ou agentes envolvidos na operação, a fim de proteger dados sensíveis. No território, residem 6.365 indígenas distribuídos em 67 aldeias, que enfrentam os impactos do garimpo desde a década de 1980.

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Esta operação no Kayapó será a oitava ação do governo Lula voltada para a proteção de terras indígenas, que já inclui intervenções em outras áreas, como a Terra Indígena Yanomami, onde a situação de saúde pública é alarmante. A mobilização do governo reflete um compromisso com a preservação ambiental e a proteção dos direitos dos povos indígenas em face das ameaças da mineração ilegal.

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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