Câmara aprova reajuste salarial de 5,2% para todos servidores em meio a protestos e greve de professores

Câmara aprova reajuste salarial de 5,2% para todos servidores em meio a protestos e greve de professores


Atualização salarial será paga em duas parcelas, enquanto valores de benefícios, como Auxílio Refeição e Vale Alimentação, serão reajustados em parcela única

Richard Lourenço | REDE CÂMARA Sessão Plenária desta terça-feira (29/4), a Câmara Municipal de São Paulo
Sessão Plenária desta terça-feira (29/4), a Câmara Municipal de São Paulo

Os vereadores da cidade de São Paulo aprovaram na última terça-feira (29) um projeto de lei proposto pelo prefeito Ricardo Nunes, do MDB, que estabelece um reajuste salarial de 5,2% para os servidores municipais em 2025, dividido em duas parcelas. A primeira parte, correspondente a 2,6%, será paga em maio deste ano, enquanto a segunda, de 2,55%, está prevista para maio do próximo ano. A votação, que resultou em 34 votos a favor e 17 contra, ocorreu em meio a protestos de funcionários públicos.

Os professores, que estão em greve há duas semanas, decidiram continuar a paralisação após a aprovação do projeto. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsep) criticou a medida, afirmando que a reposição salarial de 2,6% é insuficiente, representando apenas metade da inflação, que é de 5,2%. O governo, por sua vez, justifica o parcelamento do reajuste como uma forma de garantir o equilíbrio fiscal, prevendo um aumento de R$ 1,2 bilhão na folha de pagamento.

Durante a sessão de votação, a vereadora Cris Monteiro, do Novo, fez uma declaração que foi considerada racista, gerando um clima de tensão e interrupções. O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Teixeira, do União Brasil, defendeu que não houve racismo nas palavras da vereadora. A situação se agravou com agressões entre os vereadores e ofensas direcionadas aos professores em greve, que foram chamados de vagabundos.

“Quando vocês [vereadores de oposição] falaram, ninguém [nas galerias] se manifestou. Agora, quando vem uma mulher branca aqui falar a verdade para vocês, vocês ficam todos nervosos. Por quê? Por que uma mulher branca, bonita e rica incomoda muito vocês, mas eu estou aqui representando uma parte importante da população que me elegeu”, disse Cris Monteiro.

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Do lado de fora da Câmara, a situação também foi conturbada, com a polícia utilizando gás de pimenta contra os manifestantes que protestavam. A aprovação do projeto e os desdobramentos da sessão revelam um cenário de polarização e descontentamento entre os servidores públicos e a administração municipal, refletindo a insatisfação com as condições de trabalho e a valorização salarial.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira





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