Como devemos entender as infindáveis retaliações dirigida à diretora que ajudou
Xuxa a construir sua carreira?
A festa pelos 60 anos da TV Globo não foi só emoção e nostalgia. Na noite desta segunda-feira (28), o especial da emissora no Rio de Janeiro entregou momentos de humor afiado, ironia e provocações que viralizaram nas redes sociais. Entre os alvos, estavam a ex-diretora Marlene Mattos, o ator Cauã Reymond e até o apresentador Marcos Mion.
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Homenagem ao humor virou palco para alfinetadas
Logo após a participação de Xuxa, que reviveu o clássico “Ilariê” saindo de sua icônica nave, Paulo Vieira, Tatá Werneck e Fábio Porchat entraram em cena para apresentar uma homenagem ao humor na história da Globo. A performance, porém, teve mais do que risadas. Paulo surgiu caracterizado como uma versão caricata de Marlene Mattos, famosa por sua gestão rígida à frente dos programas infantis de Xuxa.
Em um momento de sátira, Vieira disse: “Paquita tem que ser loira”, repetindo uma fala que remete às críticas feitas por Xuxa no documentário “Xuxa, o Documentário”, lançado em 2023 no Globoplay. A série abordou, entre outros temas, a proibição de Paquitas negras na época. Fábio Porchat tentou interromper: “Calma, Marlene, calma”. Em seguida, Vieira ironizou: “Acabou a água oxigenada da Globo? Tudo fora do padrão. Cadê o padrão Globo de qualidade? Aí depois faz doc pra colocar a culpa em mim”.
A piada foi boa, Paulo Vieira sempre impagável em suas performances, mas a pergunta que fica é: Precisa fazer isso? Essa retaliação sem fim à uma profissional que atuou na emissora por tantos anos tem algum motivo relevante? Vale pensar nesta questão.
Outro momento que chamou atenção foi quando Paulo Vieira disparou uma piada que muitos entenderam como uma indireta para Cauã Reymond, atualmente no ar como Afonso em “Vale Tudo”. O humorista brincou: “Não fala tocando… abaixa o braço que tá com cecê de seis braços”. A fala ecoou rumores de bastidores de que a atriz Bella Campos teria se incomodado com o odor corporal de Cauã. Em entrevistas anteriores, ele chegou a afirmar que evitava desodorante, mas, diante da repercussão, voltou atrás.
Quem também virou alvo das piadas foi Marcos Mion. Tatá Werneck, sempre rápida, brincou: “Mion tá ali. Ele com frases bonitas. Daqui a dois minutinhos cria uma igreja”. Vieira completou: “Mas não é uma igreja? Começa o Caldeirão e coloco uma água em cima da TV”. Porchat encerrou com: “Você sai da Record, mas a Record não sai de você”, numa clara referência à trajetória de Mion na emissora de Edir Macedo.

A trolagem com Mion agradou muita gente, pois é inquestionável que o apresentador muitas vezes exagera em seu papel de moço devotado e bonzinho. Poderia ser um pouquinho menos.
Com roteiro ousado e sem medo de tocar em assuntos polêmicos, a Globo aproveitou sua própria celebração para mostrar que ainda sabe fazer ri e provocar.