Amauri Soares, diretor-geral da Globo, já deixou claro que vê futuro para a roteirista no horário nobre, mas a criadora de “Vai na Fé” não quer mudar
Com a saída de Glória Perez da Globo após mais de 40 anos de contrato, uma vaga simbólica — e estratégica — se abriu no seleto grupo de autores do horário nobre. E um dos nomes mais fortes hoje na emissora para ocupar esse espaço é o de Rosane Svartman, criadora de “Dona de Mim”, novela das sete que estreou nesta segunda-feira (28).
Amauri Soares, diretor-geral da Globo, já deixou claro que vê futuro para a autora às nove. “Ela é uma das autoras que enxergamos escrevendo novela das nove no futuro. Não depende só da gente. Depende também dela, das ideias, da criação dela, mas o caminho da Rosane é esse”, afirmou ele ao jornal “O Globo”.
Rosane, no entanto, mantém uma relação afetiva — e criativa — com o horário das sete, onde emplacou sucessos como “Totalmente Demais” e “Vai na Fé”. “Eu gosto muito desse horário das sete. Porque eu acho que tem uma liberdade. Porque envolve vários gêneros”, disse ela no lançamento de sua novela, ao comentar sobre a possibilidade de migrar para o horário nobre.
Mesmo sem descartar um novo desafio, a autora deixou claro que se sente à vontade onde está. “Às vezes eu falo: eu gosto de ser boba. E pode ser mais boba às sete, às vezes. Mas sete também você pode fazer uma cena extremamente dramática. Vocês vão ver. O primeiro capítulo [da nova novela] tem uma cena extremamente dramática.”
Rosane voltou ao ar na última segunda-feira com apostando mais uma vez em uma protagonista forte e em temas sociais tratados com leveza e agilidade — marca registrada da autora.
Sobre a possibilidade de assumir as tramas do horário nobre, ela é direta: “Eu não tenho nenhum problema em fazer uma novela das nove. Mas eu me sinto bem em sete. E não é a mesma coisa sempre. Pelo contrário. É sempre um grande resultado. E renovando muito”. Enquanto isso, a Globo observa de perto. E o público também.
