Quem pode ser o sucessor do Papa Francisco? A morte do pontífice desperta dúvidas envolvendo líderes famosos no Brasil
Padres como Julio Lancellotti, Fábio de Melo e Marcelo Rossi podem ser papas? Com a morte do Papa Francisco, surge a dúvida sobre quem será seu sucessor. Embora teoricamente qualquer homem católico possa ser eleito, existe um processo para alcançar o título e o portal LeoDias te explica, com a ajuda de um especialista.
Segundo o padre Claudiano Avelino, mestre e doutor em filosofia, o papa é a maior autoridade da Igreja Católica porque é o bispo de Roma, cidade onde, segundo a tradição, viveu e morreu São Pedro, o primeiro líder dos cristãos. Por isso, o pontífice é visto como seu sucessor.
Se você acompanhou a repercussão sobre a possível abdicação do Papa, quando ele estava no hospital, deve ter ouvido falar no Conclave, a eleição feita pelo Colégio de Cardeais, formado por 252 membros de várias partes do mundo. Avelino explica que tradicionalmente, o novo Papa é escolhido entre eles, com algumas restrições.
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Desse grupo de 252 cardeais, 135 com menos de 80 anos podem participar da eleição do novo Papa, incluindo sete brasileiros. No entanto, o processo para chegar até esse ponto é longo: os cardeais passam por uma trajetória que começa com a ordenação como diácono, seguida pela ascensão a padre.
Depois de se tornarem padres, nomes notáveis como os brasileiros podem seguir o caminho para se tornar bispos. Para isso, é necessário passar por um processo rigoroso de indicação e avaliação, com requisitos de idade mínima e preparação teológica, além de uma análise detalhada feita por órgãos da Igreja Católica.
Uma vez bispos, eles serão responsáveis pelas dioceses, que são subdivisões menores dentro da estrutura eclesiástica. A partir daí, alguns bispos podem escolher para se tornarem arcebispos, cargos que envolvem a liderança das arquidioceses, geralmente localizadas em capitais e regiões metropolitanas.
Tanto bispos e arcebispos podem ser escolhidos pelo Papa para se tornarem cardeais, passando a integrar o Colégio de Cardeais, que, além de aconselhar o Santo Padre, tem o poder de eleger o novo pontífice. Esse é o processo que leva os cardeais até se tornarem o novo Papa.
Arcelino explica que o Conclave não tem regras fixas, mas os cardeais costumam escolher alguém com fé firme, caráter moral, experiência na Igreja, capacidade de diálogo e compreensão dos desafios do mundo atual: “Em resumo, eles procuram alguém preparado para guiar a Igreja mundialmente”.