Sétimo voo de deportados pelos Estados Unidos desde o início do segundo governo de Donald Trump, que trouxe oito mulheres e uma criança, aterrissou em Fortaleza

Na última sexta-feira (25), o Brasil recebeu mais um voo de repatriados dos Estados Unidos, com cerca de 80 pessoas desembarcando no Aeroporto Internacional de Fortaleza. A maioria dos repatriados seguiu em um voo da Força Aérea Brasileira até o Aeroporto de Confins, em Minas Gerais. Para garantir um acolhimento adequado, o governo brasileiro, em parceria com a Polícia Federal e a Defensoria Pública da União, montou uma estrutura de apoio no aeroporto. Além disso, um posto de vacinação foi instalado como medida preventiva, em resposta aos surtos de doenças identificados nos Estados Unidos.
Desde fevereiro, o Brasil já repatriou 612 pessoas, com um perfil demográfico composto por 76% de homens e 21% de mulheres, majoritariamente na faixa etária de 18 a 29 anos. Nos últimos 16 anos, aproximadamente 5 milhões de migrantes foram retirados dos Estados Unidos. O termo “deportação” foi substituído em 1996 pelo governo americano, que agora divide o processo de repatriação entre remoção e retorno. Um caso recente no estado de Luziana destacou a complexidade desses processos, quando o Tribunal Federal questionou a deportação de uma criança de 2 anos, cidadã americana, enviada para Honduras com a mãe. O pai da criança apresentou uma petição de emergência para impedir a saída da filha do país.
A situação da menina, que estava acompanhando a mãe Jane Carolina Lopes Vilela e a irmã mais velha em uma consulta de imigração em Nova Oliança, chamou a atenção para os desafios enfrentados por famílias durante o processo de repatriação. Durante o atendimento, elas foram detidas por oficiais do Serviço de Migração e Controle de Alfândega. Este caso específico levanta questões importantes sobre os procedimentos de repatriação e os direitos das crianças envolvidas nesses processos, destacando a necessidade de um olhar mais atento e humanizado para essas situações.

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O processo de repatriação é complexo e envolve não apenas questões legais, mas também humanitárias. A instalação de postos de vacinação e a estrutura de acolhimento são passos importantes para garantir a segurança e o bem-estar dos repatriados. No entanto, casos como o da menina de 2 anos mostram que ainda há desafios significativos a serem enfrentados, especialmente no que diz respeito aos direitos das crianças e à reunificação familiar.
*Com informações de Caroline Meira
*Reportagem produzida com auxílio de IA