Saiba o patrimônio de Fernando Collor, preso por corrupção

Saiba o patrimônio de Fernando Collor, preso por corrupção



O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso pela Polícia Federal por volta das 4h da manhã de sexta-feira, 25 de abril. Ele estava no Aeroporto de Maceió. Após ser detido, Collor participou de uma audiência de custódia, onde solicitou permanecer preso na capital alagoana.

Entenda o que aconteceu com Fernando Collor

O pedido acabou aceito, e desse modo ele seguiu da superintendência da PF para o presídio Baldomero Cavalcanti e Oliveira, onde ocupa uma cela individual.

A ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele condenou o ex-presidente a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O caso se originou a partir da operação Lava Jato. A ação apontou que Collor utilizou sua influência política sobre a BR Distribuidora para favorecer empresas privadas em contratos fraudulentos. Em troca, segundo o processo, ele teria recebido R$ 20 milhões em propina.

Durante o julgamento, o Supremo acolheu a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, com base em provas de que Collor intermediou acordos para beneficiar empresários em troca de vantagens indevidas. Como senador na época dos fatos, ele possuía foro privilegiado. Agora, a defesa tenta reverter a prisão com o argumento de que o ex-presidente sofre de problemas graves de saúde, como Parkinson, apneia e transtorno afetivo bipolar.

O STF ainda analisa a solicitação de prisão domiciliar. No plenário virtual, quatro ministros votaram pela manutenção da pena. Contudo, por solicitação de Gilmar Mendes, o caso seguirá para o plenário físico. A nova data do julgamento, contudo, ainda não tem definição.

Mansão, dívidas e ostentação marcam o patrimônio de Collor

O patrimônio de Fernando Collor voltou ao centro das atenções desde sua prisão. Nas eleições de 2022, quando disputou o governo de Alagoas e saiu derrotado. Na ocasião, o ex-presidente declarou R$ 6,2 milhões em bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Entre eles, destaca-se por exemplo uma mansão de 9,7 mil metros quadrados localizada em Campos do Jordão (SP), região nobre cercada por área verde no Parque Pedra do Baú.

A residência, apontada na declaração ao TSE com valor de R$ 4,08 milhões, já teve avaliação deR$ 10,5 milhões. A propriedade conta com sete suítes, salão de jogos, adega e outras instalações luxuosas. O imóvel, aliás, acabou penhorado pela Justiça do Trabalho de Alagoas, em outubro de 2024, no contexto de uma ação movida por um ex-funcionário de uma empresa de comunicação ligada a Collor.

Além da penhora judicial, a mansão acumulava débitos no valor de R$ 142 mil em tributos municipais, incluindo IPTU bem como taxas de coleta de lixo, não pagos à Prefeitura de Campos do Jordão. No início de 2025, a Justiça suspendeu a penhora após o ex-presidente formalizar o parcelamento da dívida em âmbito administrativo.

Além do imóvel, a lista de bens de Collor inclui itens de ostentação da época em que ocupava a Presidência, como lancha, jet ski e títulos em clubes da elite carioca, entre eles o Jockey Club Brasileiro e o Country Club do Rio de Janeiro.



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