Vale tem queda de 17% no lucro líquido do 1º trimestre de 2025

Vale tem queda de 17% no lucro líquido do 1º trimestre de 2025


Mineradora registrou US$ 1,394 bilhão no período ante US$ 1,679 bilhão em 2024

A Vale fechou o 1º trimestre de 2025 com lucro líquido proforma de US$ 1,5 bilhão, o que representa uma redução de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. A retração foi impulsionada, principalmente, pela queda no EBITDA Proforma e pelo aumento da carga tributária, em razão dos efeitos contábeis relacionados a ativos de energia classificados como disponíveis para venda.

O lucro líquido atribuído aos acionistas da mineradora totalizou US$ 1,4 bilhão, com recuo de 17% na comparação anual, segundo relatório divulgado pela empresa na última 5ª feira (24.abr.2025). Os investimentos em projetos de crescimento somaram US$ 312 milhões no trimestre, uma redução de 15% (US$ 55 milhões) frente ao mesmo período de 2024.

O recuo é explicado, sobretudo, por menores desembolsos nas iniciativas ligadas a soluções em minério de ferro, já que projetos como Capanema e a expansão da ferrovia de Carajás estão em fase de ramp-up –quando a capacidade produtiva é gradualmente aumentada para atender a uma demanda crescente.

A Vale apresentou ainda avanço nas vendas em todos os seus segmentos de atuação no 1º trimestre deste ano. As comercializações de minério de ferro cresceram 4% na comparação anual, somando 2,3 milhões de toneladas. Já as vendas de cobre e níquel aumentaram 7% (5,1 mil toneladas) e 18% (5,8 mil toneladas), respectivamente.

Apesar da estabilidade trimestral, o preço médio realizado de finos de minério de ferro recuou 10% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 90,8 por tonelada. O recuo foi atribuído à queda nos preços de referência do produto.

O EBITDA Proforma da companhia somou US$ 3,2 bilhões, uma queda de 8% na comparação anual. O resultado foi pressionado pela redução nos preços do minério de ferro e do níquel, ainda que o impacto tenha sido parcialmente compensado por maiores volumes de vendas, menores custos unitários e o bom desempenho da divisão Vale Base Metals.

O custo caixa C1 do minério de ferro (excluindo compras de terceiros) caiu 11% em relação ao mesmo período de 2024, para US$ 21,0 por tonelada, mantendo a tendência de redução. A mineradora reafirmou sua projeção de custo caixa C1 entre US$ 20,5 e US$ 22,0 por tonelada para 2025.

Os custos all-in do cobre caíram expressivos 63%, chegando a US$ 1.212 por tonelada, impulsionados por ganhos operacionais e receitas com subprodutos. No caso do níquel, os custos all-in recuaram 4%, totalizando US$ 15.730 por tonelada.

O investimento (Capex) no trimestre foi de US$ 1,2 bilhão —US$ 221 milhões a menos do que no mesmo período do ano passado —e segue em linha com o plano de investimento revisto para 2025. O guidance para o Capex anual permanece em US$ 5,9 bilhões.

Já a geração de fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 504 milhões, uma queda de US$ 1,7 bilhão na comparação anual, reflexo da retração do EBITDA e do aumento no capital de giro.

A dívida líquida expandida da Vale fechou o trimestre em US$ 18,2 bilhões, crescimento de US$ 1,8 bilhão frente ao trimestre anterior, influenciada principalmente pelo pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.





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