Supremo forma maioria para condenar mulher que pichou estátua “A Justiça” com batom

Supremo forma maioria para condenar mulher que pichou estátua “A Justiça” com batom


Apesar da maioria na Corte, ministros divergem sobre a pena adequada para a cabelereira Débora Rodrigues dos Santos

A cabelereira Débora Rodrigues dos Santos ganhou notoriedade nas redes sociais após ser identificada como a mulher que pichou a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça” com batom vermelho, durante os atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro de 2023. Nesta sexta-feira (25/4), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para a condenação de Débora, com algumas discordâncias entre os ministros da Primeira Turma do Supremo, responsável pelo julgamento da mulher.

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Estátua A Justiça pichada com batomReprodução/Agência Brasil

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Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, ministros do STFReprodução/TV Justiça

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Caso foi analisado nesta terça-feira (22/4)Foto: Antonio Augusto/STF

Foto: Antonio Augusto

Sede do Supremo Tribunal FederalFoto: Antonio Augusto

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STF forma maioria para manter condenações de réus em caso da Boate KissReprodução/Agência Brasil


O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, apresentou uma multa no valor de R$ 50 mil e prisão por 14 anos por Golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração do patrimônio tombado, dano qualificado e associação criminosa armada. O ponto de divergência aconteceu quando o ministro Luiz Fux afirmou que Débora deve cumprir, de acordo com sua interpretação do caso, o período de um ano e seis meses de prisão e pagar uma multa no valor de 1/30 do salário mínimo pelo período de 10 dias.

Fux ressaltou ainda que Débora Rodrigues deve responder apenas por um dos crimes listados pro Moraes, o de dano ao património, e arcar com os custos pela limpeza da obra pichada. O ministro já havia argumentado por uma pena menor em outras sessões do julgamento de Débora, que voltou ao plenário da Corte nesta sexta-feira após um pedido de vista do magistrado.

Para Cristiano Zanin, a pena ideal seria de 11 anos de prisão, com 6 meses sob prisão domiciliar, e o pagamento de multa no valor de 1/30 do salário mínimo, também sugerido por Fux, porém no período de 20 dias. Flávio Dino acompanhou o voto do relator, Alexandre de Moraes e a ministra Cármen Lúcia ainda não deu seu parecer. A previsão é que o caso seja concluído no dia 6 de maio.



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