Congresso em Foco

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Em menos de 24 horas, a cena política brasileira foi de uma virada completa no noticiário. Até a manhã desta quinta-feira (24), as atenções estavam voltadas para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, internado em UTI, participou de uma live com familiares.

O gesto, interpretado por aliados como uma demonstração de resistência e por críticos como manobra, motivou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bolsonaro fosse citado formalmente na ação penal que enfrenta por suposta tentativa de golpe de Estado.

Ex-presidentes Jair Bolsonaro e Fernando Collor de Mello

Ex-presidentes Jair Bolsonaro e Fernando Collor de MelloReprodução@jairmessiasbolsonaro/Roque de Sá/Agência Senado

A citação, inicialmente prevista para ser adiada em razão do quadro de saúde do ex-presidente, foi mantida justamente porque a live demonstrou, na visão da Corte, que Bolsonaro estava em condições de se comunicar e participar de atos públicos. A repercussão foi intensa: parlamentares de oposição acusaram o Supremo de “insensibilidade”, enquanto aliados do governo e juristas defenderam a medida como necessária para assegurar o andamento do processo.

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Mas o que parecia se desenhar como a pauta dominante dos próximos dias, foi rapidamente sobreposta pelos acontecimentos da madrugada seguinte.

Na sexta-feira (25), a notícia que dominou os portais e as manchetes foi a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em Maceió (AL). Condenado pelo Supremo a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em desdobramento da Lava Jato, Collor teve a execução da pena determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou recursos considerados “meramente protelatórios”.

Jornais no dia 25 de abril: 

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A prisão de Collor, em meio à madrugada e confirmada pela defesa, rapidamente tirou o foco da cobertura que pairava sobre Bolsonaro. A notícia gerou reações em cadeia: memes, resgates históricos, análises políticas e a lembrança do contraste com a eleição presidencial de 1989, quando Collor derrotou Lula, hoje novamente na Presidência da República.

Enquanto Bolsonaro segue internado no hospital, citado para responder a processo penal, Collor, que protagonizou o primeiro impeachment da Nova República e tentou reconstruir sua carreira política como senador, agora cumpre a pena imposta pelo STF. Dois ex-presidentes envolvidos em enredos distintos, mas ambos colocados no centro do debate político em questão de horas.



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