Filme que mostra como seria o processo para eleger novo pontífice venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado
O filme “Conclave”, que retrata o processo de eleição de um novo papa, voltou aos cinemas brasileiros após a morte do papa Francisco. O longa venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
Na cidade de São Paulo, é possível assistir ao filme em ao menos 8 cinemas nesta 6ª feira (25.abr.2025), segundo o site “ingresso.com”. No sábado (26.abr) e no domingo (27.abr), são 9 cinemas exibindo o filme.
No Rio de Janeiro, o filme está disponível em 4 salas de cinema nesta 6ª feira. Ao longo do final de semana, o número de cinemas exibindo “Conclave” sobe para 7.
O filme será exibido em 2 salas de cinema em Brasília, no Distrito Federal, nesta 6ª feira, mas o número sobe para 3 cinemas no sábado e no domingo. No Recife, capital do Pernambuco, apenas 1 sala exibe o longa da 6ª feira ao domingo (27.abr).
O FILME
Adaptado do livro de Robert Harris, “Conclave” começa com a morte do papa, interpretado por Bruno Novelli. Cabe ao cardeal Lawrence, papel de Ralph Fiennes, coordenar a eleição de um novo pontífice.
O filme mostra a chegada dos cardeais ao Vaticano e as articulações entre os religiosos para escolher um nome de consenso à frente da Igreja Católica. No longa, o papa que acabara de morrer era conhecido por ser reformista.
Cardeais que compartilhavam das ideias do papa, representados por Lawrence e Bellini (Stanley Tucci), temem que um possível substituto reverta as mudanças promovidas pelo pontífice anterior.
A partir daí, os cardeais articulam entre si e formam-se grupos.
Os cotados a ser o próximo papa ao longo do filme são os seguintes cardeais:
- Bellini, aliado de Lawrence;
- Tedesco (Sergio Castellitto), é italiano e representaria uma volta ao conservadorismo –no filme, é sugerido que ele é contra um papa africano;
- Adeyemi (Lucian Msamati), se eleito, seria o 1º papa negro;
- Tremblay (John Lithgow), foi o último cardeal a ter uma audiência com o papa.
Com os cardeais já instalados para o conclave, é anunciada a chegada do último cardeal. O mexicano Vincent Benitez, interpretado por Carlos Diehz. Ele havia sido ordenado pelo papa em segredo em Cabul, no Afeganistão. Durante o conclave, o cardeal Lawrence, que coordena todo o processo, também investiga os demais religiosos sob a justificativa, na sua percepção, de que a igreja não deve ficar nas mãos erradas. Com isso, ele interfere no processo.
CRÍTICAS DE CARDEAL
O cardeal Paulo Cezar Costa, que participará do conclave, falou a jornalistas nesta 2ª feira (21.abr). Ele afirmou que assistiu ao filme estrelado por Fiennes, mas que o clima de “complô político” mostrado no filme não bate com a realidade.
“Nós assistimos, há pouco tempo, eu também fui assistir ao filme ‘Conclave’. Às vezes dá a ideia de que a escolha do papa seja um grande complô político. Não, para dizer bem a verdade, entre nós, cardeais, até agora não se falou na questão de um futuro papa. Inclusive em respeito ao papa Francisco. […] Quer dizer, o clima é outro”, declarou.