Secretário do Tesouro dos EUA elogia economia da Argentina

Secretário do Tesouro dos EUA elogia economia da Argentina


Scott Bessent disse que os EUA estariam dispostos a oferecer linha de crédito e que Milei “não deve vacilar” como Macri

O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, elogiou a política econômica da Argentina e afirmou que os norte-americanos estariam dispostos a oferecer uma linha de crédito ao presidente Javier Milei (La Libertad Avanza, direita) caso um “choque externo” ameaçasse a retomada econômica do país sul-americano.

As informações foram divulgadas à agência de notícias Reuters por uma fonte que esteve presente durante uma reunião de integrantes do governo de Donald Trump (Partido Republicano) em Washington. Bessent sugeriu a possibilidade de usar o Fundo de Estabilização Cambial para ajudar a Argentina, caso fosse preciso. 

Eu acho que, se eles continuarem com o que estão fazendo, caso se mantiverem nesse curso, inclusive, eu estaria disposto a utilizar o Fundo de Estabilização para suavizar os ajustes deles. Se algo acontecesse por motivos externos, acho que nós, do Tesouro, estaríamos dispostos a intervir e ajudar a suavizar as coisas”, disse Bessent.

Conforme relatado, Bessent afirmou que o ex-presidente argentino, Mauricio Macri, que governou o país de 2015 a 2019, tinha uma “grande oportunidade”, mas “vacilou”. Macri determinou reformas econômicas ortodoxas e teve de recorrer a um empréstimo de US$ 50 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional) em 2018, o que não ajudou a tirar o país da crise.

O governo de Macri teve uma grande oportunidade e eu era um grande fã de Mauricio, mas ele vacilou. E, assim que ele vacilou, o mercado veio e o pegou. Meu pressentimento é de que o Milei não vai vacilar”, declarou Bessent, segundo a fonte ouvida pela Reuters.

A Argentina é uma produtora de grãos e possui uma extensa reserva de lítio em seu território. Milei e Trump são aliados ideológicos e isso faz da Argentina um importante parceiro comercial e político dos Estados Unidos na América Latina.

Milei enfrenta uma crise econômica no país e tenta estabilizar a economia. Dentre suas principais medidas, estão a política de deficit zero e o controle da inflação. Ademais, o libertário acertou um empréstimo de US$ 20 bilhões com o FMI em um programa econômico abrangente que poderia ser apoiado por um acordo de 48 meses sob o Mecanismo de Financiamento Ampliado.

O programa oferece suporte à nova etapa da agenda de estabilização e reformas da Argentina, com o objetivo de firmar a estabilidade macroeconômica, reforçar a solidez das contas externas e promover um crescimento mais robusto e duradouro, mesmo diante de um contexto global mais complexo, segundo explicou o FMI.





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