Edy Star, artista baiano , faleceu nesta quinta-feira (24/4), aos 87 anos, em São Paulo. Internado após um acidente doméstico ocorrido na semana passada, ele estava em estado grave e, segundo sua assessoria, “a morte ocorreu em decorrência de complicações clínicas que se agravaram nos últimos dias” e “faleceu de forma serena, sem dor, enquanto recebia tratamento médico”.
Natural de Salvador, Edy enfrentava um quadro de insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda. Apesar dos esforços médicos e do tratamento intensivo, seu estado de saúde não pôde ser revertido.
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Edy foi um dos artistas mais singulares da música brasileira. Ícone LGBTQIA+, ele rompeu barreiras e se destacou por imprimir sua identidade de forma autêntica em tudo o que fazia — da música ao teatro.
Um dos momentos mais emblemáticos de sua trajetória foi a participação no lendário álbum “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10”, ao lado de Raul Seixas, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio.
Além da música, também brilhou nos palcos como ator, tendo participado da versão brasileira do musical “The Rocky Horror Show”. Esse trabalho impulsionou o lançamento de seu álbum autoral “Sweet Edy”.
Já na década de 1990, ele se mudou para a Espanha, onde atuou em teatros e produziu eventos em casas noturnas. Após quase duas décadas na Europa, voltou ao Brasil e retomou a carreira com os álbuns “Cabaré Star” (2017), produzido por Zeca Baleiro, e “Meu Amigo Sergio Sampaio” (2023).
Sua trajetória foi recentemente retratada em duas obras: um filme e a biografia “Eu Só Fiz Viver: A História Oral Desavergonhada de Edy Star”, que celebram seu estilo provocador e sua contribuição à cultura brasileira.
Um disco em homenagem a Raul Seixas, amigo e parceiro de longa data, foi gravado por Edy, mas ainda não lançado. Sua equipe está buscando apoio de fãs e admiradores para viabilizar o projeto por meio de financiamento coletivo.
“Edy Star será lembrado como um artista à frente de seu tempo, que abriu caminhos para a diversidade e a expressão artística sem amarras. Sua ausência deixa uma lacuna na cultura brasileira, mas seu legado permanece vivo na memória afetiva de fãs e na história da música nacional”, finaliza a nota da equipe.