Herdeiro da Hermès enfrenta processo em Washington

Herdeiro da Hermès enfrenta processo em Washington


Empresa americana alega quebra de acordo envolvendo ações avaliadas em US$ 16 bilhões; herdeiro nega participação na transação

Nicolas Puech, herdeiro da Hermès, foi processado pela Honor America Capital LLC, que exige US$ 1,3 bilhão em indenizações por ações não entregues da marca de luxo. A ação judicial, que tramita em Washington D.C., alega que Puech descumpriu acordo de transferência de participações na Hermès International SCA avaliadas em US$ 16 bilhões, segundo revelou a Bloomberg na 2ª feira (22.abr.2025).

A Honor America Capital LLC afirma que o acordo teria apoio do emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani. O processo apresenta como evidências contratos de venda e correspondências entre as partes relacionadas à transação contestada.

A defesa de Puech, representada pelos advogados Gregoire Mangeat e Fanny Margairaz, afirma que o herdeiro não participou do acordo e só tomou conhecimento da transação depois da sua divulgação na imprensa.

O caso integra um conjunto maior de disputas patrimoniais envolvendo Puech, que responde a litígios e investigações na França e na Suíça sobre o controle de aproximadamente 6 milhões de ações da Hermès. A situação complicou-se após a revelação de que Bernard Arnault, do grupo LVMH, adquiriu participação na Hermès sem divulgação prévia.

Um acordo firmado em 2014 impôs à LVMH a restrição de adquirir novas ações da Hermès por 5 anos. Desde então, o destino das ações de Puech permanece indefinido, especialmente após acusações de má gestão contra o ex-gestor financeiro Eric Freymond, que nega as alegações.

Em 2023, o Tribunal de Apelações de Genebra rejeitou a queixa de Puech contra Freymond, declarando que ele havia transferido voluntariamente a gestão de seus negócios, mantendo, porém, o controle das contas bancárias suíças que detinham as ações da Hermès.





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