Polícia Federal afastou o presidente do INSS e 5 servidores nesta 4ª feira (23.abr); investigação apura desvio de recursos
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que a operação da PF (Polícia Federal) que apura supostos desvios de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem o objetivo de “evitar que os aposentados sejam continuadamente lesados”.
“É uma operação inicial, mas não é extraordinária, ela se insere no conjunto de operações que o ministério tem desenvolvido contra o crime organizado”, afirmou Lewandowski nesta 4ª feira (23.abr.2025) em entrevista a jornalistas.
A operação intitulada “Sem Desconto” foi deflagrada nesta manhã e resultou no afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros 5 servidores. Segundo a PF, os investigados utilizavam entidades cadastradas na Previdência Social para descontar valores da folha de pagamento de pensão dos beneficiários previdenciários, utilizando-se de assinaturas falsas.
A organização criminosa teria desviado R$ 6,3 milhões de beneficiários de 2019 a 2024.
“As investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social”, informou a PF, em nota.
A operação contou com o apoio da CGU (Controladoria-Geral da República). Foram mobilizados 700 policiais federais e 80 funcionários da CGU para cumprirem 211 mandados de busca e apreensão e ordem de sequestro de bens de R$ 1 bilhão. Também foram expedidos 6 mandados de prisão temporária. Leia os entes federativos onde os mandatos foram cumpridos:
- Distrito Federal;
- Alagoas;
- Amazonas;
- Ceará;
- Goiás;
- Maranhão;
- Mato Grosso do Sul;
- Minas Gerais;
- Paraná;
- Pernambuco;
- Rio Grande do Norte;
- Rio Grande do Sul; e
- São Paulo.