Cristiano Dresch criticou decisão da CNRD que divide dívida de R$ 18 milhões em parcelas até 2031 e pediu que outros clubes evitem negociações com o Corinthians
O Cuiabá manifestou publicamente sua insatisfação com a decisão da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), que aprovou o plano apresentado pelo Corinthians para quitar suas dívidas. O clube mato-grossense afirma ter R$ 18 milhões a receber pela venda do volante Raniele, transferido ao time paulista em janeiro de 2024.
De acordo com o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, o plano de pagamento aprovado pelo órgão prevê quitação em 24 parcelas trimestrais, sem incidência de juros, o que gerou indignação. “A nossa indignação é que o valor que temos a receber, que é de R$ 18 milhões, vai ser dividido em 24 parcelas trimestrais, descumprindo todo o acordo que havia sido feito inicialmente com o Corinthians. O jogador comprado por eles em 2024 vai ter terminado de pagar somente em 2031, sem juros. Isso não existe”, afirmou.
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A insatisfação também foi direcionada ao funcionamento da CNRD, que, segundo Dresch, não demonstrou isenção no processo. “O apelo que eu faço é que, hoje, não negociem com o Corinthians”, declarou.
Ele também justificou o posicionamento tomado. “A decisão que tomamos conhecimento nesta quinta-feira é de muita indignação, pois esperávamos que a CNRD, que é um órgão independente da CBF, agisse com neutralidade, e o que vemos é justamente o contrário.”
O dirigente ainda criticou a falta de penalizações mais rigorosas no plano aprovado: “O plano será corrigido apenas pela inflação, sem nada de juros. Já disse isso e repito, essa decisão da CNRD é um convite ao calote, pois continuará fazendo com que os clubes menores sejam sempre prejudicados.”
Por parte do Corinthians, o diretor de futebol Fabinho Soldado reconheceu os desafios financeiros. Em entrevista ao programa CNN Esportes S/A, ele afirmou que o passivo do clube impacta diretamente no dia a dia esportivo. “A verdade é que as dívidas são enormes. O Corinthians tem uma dívida muito alta. E hoje, claro, essa conta não fecha”, disse.
Soldado também mencionou o impacto do Regime Centralizado de Execuções (RCE) sobre as operações do clube. “Você não tem aquela tranquilidade, aquela segurança de não ter uma penhora. Todas as pessoas buscam o seu direito de receber. Isso acaba afetando muito o futebol”, concluiu.
A dívida do Corinthians com clubes e jogadores ultrapassa os R$ 76 milhões, segundo dados apresentados no processo analisado pela CNRD.
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