STF lacra celulares e tem plenário vazio em julgamento de Martins

STF lacra celulares e tem plenário vazio em julgamento de Martins


Deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) foi o único congressista da oposição presente

Todos que acompanharam a 1ª sessão de julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 3ª feira (22.abr.2025) tiveram seus celulares lacrados em envelopes. A Corte começou a julgar o grupo operacional suspeito de dar suporte operacional às ações que sustentariam um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência, em 2022.

A assessoria do órgão informou que a medida foi tomada após várias pessoas burlarem a proibição de filmagem dentro da sala da turma durante o julgamento do núcleo 1, em 25 e 26 de março. A sessão foi transmitida na TV Justiça e no YouTube, como de costume.

Cerca de 80 pessoas estavam sentadas e circulando pelo plenário durante sessão do grupo acusado de fornecer apoio logístico. O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) foi o único congressista a assistir à sessão.

No julgamento de Bolsonaro, em 25 de março, deputados da oposição foram barrados de entrar no local. Disseram a jornalistas que foram direcionados ao 4º andar, onde acompanharam o julgamento em um telão. Também disseram que não haviam informado previamente a sua visita ao Supremo. A justificativa da Corte para o bloqueio foi a superlotação.

JULGAMENTO DO 2º NÚCLEO

A 1ª Turma do STF julga em 22 e 23 de abril se recebe a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra Filipe Martins e mais 5 acusados de serem os responsáveis por “gerenciar” as operações do grupo acusado de tentativa de golpe de Estado em 2022.

Integram o núcleo:

  • Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF e ex-secretário-executivo da SSP;
  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro;
  • Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel do Exército;
  • Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF (Polícia Federal) e ex-subsecretária de Inteligência da SSP (Secretaria de Segurança Pública);
  • Mario Fernandes, general da reserva e ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro; e
  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

No julgamento, a Corte deverá se aprofundar nos papéis de cada acusado. O núcleo seria responsável pela elaboração da minuta golpista que tinha como objetivo reverter o resultado da eleição. Também teriam participado da concepção do Punhal Verde e Amarelo, que seria o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

Outros ainda teriam colaborado com as operações da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para, segundo a denúncia, impedir que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação no 2º turno das eleições de 2022. Relembre o papel de cada investigado nesta reportagem.

PRÓXIMOS PASSOS

Se a denúncia for aceita, dá-se início a uma ação penal.

Nessa fase do processo, o Supremo ouvirá as testemunhas indicadas pelas defesas de todos os réus e conduzirá a sua própria investigação.

Depois, a Corte abre vista para as alegações finais, quando deverá pedir que a PGR se manifeste pela absolvição ou condenação dos acusados.

O processo será repetido para cada grupo denunciado pelo PGR. Bolsonaro e mais 7 viraram réus. Faltam os julgamentos de 2 núcleos:





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