Lula, Trump e Macron estão entre os chefes de Estado que participarão da cerimônia no Vaticano
O funeral do papa Francisco, que vai acontecer no sábado (26.abr.2025) às 10h (5h, em Brasília), segundo confirmação do Vaticano, deve reunir centenas de chefes de Estado e autoridades de todo o mundo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que ele e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, irão a Roma nos próximos dias para acompanhar as cerimônias fúnebres.
Também o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), informou que participará do funeral, junto à primeira-dama, Melania Trump.
Na 2ª feira (21.abr), tão logo foi anunciada a morte do pontífice, líderes mundiais usaram suas redes sociais para expressar suas condolências e homenagear o legado do líder da Igreja Católica.
Segundo fontes ouvidas pela imprensa ucraniana, é esperada a presença do presidente Volodymyr Zelensky, que aguardava a marcação da data da cerimônia para confirmar sua viagem.
A família real inglesa também já informou que enviará um integrante “sênior”. A expectativa, de acordo com a revista Newsweek, é que seja o príncipe William. Foi o rei Charles, então príncipe, que acompanhou o funeral de João Paulo 2º, morto em 2005.
Leia os líderes que já confirmaram presença:
- Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil;
- Donald Trump, presidente dos Estados Unidos;
- Javier Milei, presidente da Argentina;
- Emmanuel Macron, presidente da França.
MORTE DE PAPA FRANCISCO
O papa Francisco morreu na 2ª feira (21.abr), aos 88 anos. O pontífice foi o 2º líder mais velho a governar a Igreja Católica em 700 anos. Sua morte foi confirmada pelo Vaticano: “Às 7h35 desta manhã [2h35 de Brasília], o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”.
Francisco sofria de problemas respiratórios. Em 2023, já havia passado 3 dias hospitalizado para tratar uma bronquite. Em março de 2024, não conseguiu concluir um discurso durante uma cerimônia no Vaticano.
Argentino nascido na cidade de Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio foi internado em 14 de fevereiro de 2025 no hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, para tratar uma bronquite, mas exames revelaram uma pneumonia bilateral.
Em 22 de fevereiro, o Vaticano afirmou que Francisco enfrentou uma crise prolongada de asma e precisou passar por uma transfusão de sangue e que ele “não estava fora de perigo”. Os exames realizados mostraram plaquetopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue) associada à anemia, o que levou à necessidade da transfusão. O religioso teve alta em 23 de março e estava em recuperação. Sua última aparição pública foi no domingo (20.abr), na bênção de Páscoa.
ÚLTIMAS PALAVRAS
No domingo (20.abr.2025), fez uma aparição na varanda da Basílica de São Pedro, durante a celebração da Páscoa no Vaticano. Na cadeira de rodas e com dificuldades para falar, o sumo pontífice desejou uma “feliz Páscoa” aos fiéis.
Em seguida, passou a palavra para o mestre de cerimônias, o monsenhor Diego Giovanni Ravelli, que leu a mensagem “Urbi et Orbi” (“à cidade [de Roma] e ao mundo”) do papa. Ao final, fez a bênção diante dos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro.
Na mensagem, o papa exortou os políticos a não cederem “à lógica do medo” e fez um apelo ao desarmamento. “A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se em uma corrida generalizada ao armamento”, afirmou.
O CONCLAVE
Com a morte de Francisco, os cardeais iniciarão o conclave –termo de origem no latim “cum clave”, que significa “com chave”– para a escolha do 267º papa. O ritual, que remonta ao século 13, é realizado na Capela Sistina, no Vaticano, onde cardeais com menos de 80 anos se reúnem para eleger o novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana. A quantidade de cardeais pode variar desde que não ultrapasse o limite de 120.
Para ser eleito, um candidato precisa receber 2/3 dos votos. O resultado é transmitido ao público presente no Vaticano e ao mundo por meio de uma fumaça que sai de uma chaminé no telhado da Capela Sistina. Ela é produzida pela queima das cédulas de votação com produtos químicos para dar a cor desejada. A fumaça preta significa que nenhum papa foi escolhido e a votação seguirá.
Quando um cardeal recebe os votos necessários, o decano do Colégio de Cardeais pergunta se ele aceita a posição. Em caso afirmativo, o eleito escolhe seu nome papal e as cédulas são queimadas com os químicos que produzem a fumaça branca, que comunicará a escolha do novo líder.
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