Aos 88 anos, o papa Francisco morreu na segunda-feira, 21 de abril, marcando desse modo o início de um período de luto e transição na Igreja Católica. Com sua morte, o Vaticano inicia os preparativos para a eleição de um novo líder espiritual.
Como será o funeral do papa Francisco?
O Colégio dos Cardeais assume a responsabilidade de governar a Igreja até a escolha do novo papa. Existe a expectativa de que o conclave, processo secreto de eleição papal, ocorra entre 15 e 20 dias após o falecimento, reunindo cardeais com menos de 80 anos, sendo sete brasileiros.
Durante o período de luto, o velório do corpo de Francisco acontecerá na Basílica de São Pedro, e seu funeral ocorrerá entre o quarto e o sexto dia após sua morte. Após o funeral, o conclave vai eleger o novo papa. O processo de eleição se dá com rituais e tradições, incluindo por exemplo a queima de cédulas para anunciar a escolha do novo líder da Igreja. A fumaça preta indica que não houve eleição, enquanto a fumaça branca sinaliza a escolha do novo papa.
Principais candidatos ao papado: Trajetórias e perfis
Diversos cardeais aparecem como potenciais sucessores de Francisco, cada um com características e trajetórias distintas. A seguir, apresentamos alguns dos principais cotados:
Jean-Marc Aveline: O ‘João XXIV’ francês
Arcebispo de Marselha, tem proximidade ideológica com Francisco, sobretudo em temas como imigração e diálogo inter-religioso. Com doutorado em teologia bem como graduação em filosofia, Aveline tem natureza simples e descontraída, além de intelecto aguçado. Se eleito, ele se tornaria o primeiro papa francês desde o século XIV.
Péter Erdő: O conservador pragmático
Ccardeal húngaro e arcebispo de Esztergom-Budapeste, é conhecido principalmente por sua postura conservadora em questões teológicas e sociais. Com uma carreira marcada por sua atuação em direito canônico, Erdő também demonstrou pragmatismo em suas decisões, dessa forma equilibrando tradição e necessidade de adaptação às mudanças sociais.
Mario Grech: O porta-voz das reformas
Mario Grech, cardeal maltês e secretário-geral do Sínodo dos Bispos, tem se destacado como defensor das reformas propostas por Francisco. Inicialmente visto como conservador, Grech evoluiu para um porta-voz das reformas dentro da Igreja, especialmente em relação a questões familiares e de inclusão.
Juan José Omella: O pastor social
Arcebispo de Barcelona, dedica-se às causas sociais bem como a promoção da justiça social. Com uma vida marcada por simplicidade e compromisso pastoral, Omella surge como um líder compassivo e inclusivo, alinhado com a visão de Francisco.
Pietro Parolin: O diplomata vaticano
Cardeal italiano e secretário de Estado do Vaticano, considerado um dos principais candidatos devido à sua experiência diplomática e administrativa. Com habilidade em lidar com questões internacionais, principalmente com uma postura moderada, ele daria continuidade à linha política de Francisco.
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Luis Antonio Tagle: O ‘Francisco asiático’
Cardeal filipino e arcebispo de Manila, frequentemente chamado de “Francisco asiático” devido ao seu compromisso com a justiça social bem como à sua abordagem pastoral. Com uma trajetória marcada por sua atuação missionária e por seu trabalho em diversas instituições eclesiais, Tagle age como um líder carismático e visionário.
Joseph Tobin: O líder inclusivo
Joseph Tobin, cardeal americano e arcebispo de Newark, é conhecido por sua postura inclusiva e por sua liderança durante crises na Igreja. Com uma abordagem aberta em relação a questões LGBTQIA+ e por sua atuação em escândalos de abuso, Tobin busca promover a unidade e a compreensão dentro da Igreja.
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Peter Turkson: O pioneiro africano
Peter Turkson, cardeal ganês e ex-presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, é considerado um dos principais candidatos devido à sua experiência pastoral e administrativa. Com uma trajetória marcada por seu trabalho em questões sociais e ambientais, Turkson é visto como um líder que representa a crescente influência da Igreja na África.
Matteo Zuppi: O ‘padre de rua’
Matteo Zuppi, cardeal italiano e arcebispo de Bolonha, é conhecido por sua simplicidade e por seu compromisso com os pobres e marginalizados. Com uma abordagem pastoral centrada na comunidade e por sua atuação em questões de paz e reconciliação, Zuppi é visto como um líder que busca renovar a Igreja por meio de uma pastoral mais próxima das pessoas.
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Com a convocação do conclave, o mundo aguarda ansiosamente para ver quem será o escolhido para liderar a Igreja Católica nos próximos anos. Cada um dos candidatos apresenta características únicas e uma visão distinta para o futuro da Igreja. O processo de eleição será acompanhado de perto por católicos e observadores de todo o mundo, que esperam que o novo papa possa continuar o legado de Francisco ou propor novas direções para a Igreja.