Ao Poder360, o ministro declara que o Desenvolvimento Social não deve entrar em negociações políticas de uma possível reforma
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afastou a possibilidade de deixar o cargo. Em entrevista ao Poder360, ele disse que o momento em que mais se cogitou uma saída já passou e, quando foi procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para debater o tema, ouviu um “vá trabalhar” do petista. O ministro também defendeu uma participação maior de partidos de centro, o chamado Centrão, no governo.
“Olha, no dia que estava bem quente esse tema, eu fui para ele, [que respondeu]: ‘Vá trabalhar’. Ele disse uma coisa interessante. ‘Ó, esse ministério, se eu pudesse, eu me nomeava para ele, então, você está aí porque eu escolhi você para estar aí’”, afirmou na 2ª feira (14.abr.2025).
Assista à íntegra da entrevista (1h18min45s):
Para Dias, por sua área tratar dos programas sociais do governo, não entraria em um acordo para melhorar a governabilidade do Executivo. Ou seja, o órgão não seria negociado por apoio no Congresso a algum partido. O Desenvolvimento Social sempre constou nas listas de ministérios a terem seus comandos trocados em uma reforma ministerial, mas Lula sempre deixava claro que não estava disposto a ter alguém de fora do PT no cargo.
“Do que eu conheço o presidente Lula, uma área como essa, ela não entraria em negociação apenas por um arranjo político. Ela é de verdade o coração do presidente, o coração do governo dele. Então, a minha eventual saída, quando isso lá atrás estava mais forte, eu dizia, vai ser alguém melhor do que eu, então zero problema”, disse.
Apesar de colocar sua saída do 1º escalão do governo em um passado distante, o ministro ainda defendeu que uma construção competitiva pensando nas eleições de 2026 passa por trazer mais partidos do Centrão para a base de apoio a Lula.
“Eu defendo, eu digo que, para a conjuntura brasileira, a gente deve construir um caminho aqui que tenha uma parte desse bloco mais ao centro, aqui tem uma denominação de Centrão. Tem outras coisas no meio, mas, assim, são os partidos que defendem democracia, que defendem um país com condição cuja meta seja o desenvolvimento, desenvolvimento econômico, mas também desenvolvimento social”, declarou.
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