A equipe responsável pelo reality já compreendeu que é preciso promover mudanças como aconteceu após o “BBB 19”
O “Big Brother Brasil” é um programa de ciclos — foi essa a principal conclusão das reuniões recentes que discutiram o futuro do reality. Com menos de uma semana para o fim da atual edição, os preparativos para o “BBB 26” já começaram. Afinal, é tradicional que o anúncio das inscrições da temporada seguinte aconteça justamente no último episódio.
A boa notícia para os fãs é que o programa está longe de ser descontinuado. A sólida parceria entre Globo e Endemol, aliada ao saldo financeiro positivo que agrada à alta cúpula da emissora, garante a continuidade do “BBB”. No entanto, a equipe responsável já compreendeu que é preciso promover mudanças. A audiência, único ponto fora da curva, preocupa. A edição atual deve encerrar com média de 16 pontos — a mais baixa da história, quatro a menos que a final do “BBB 24”, que consagrou Davi Brito campeão.
Apesar dos índices estarem dentro do esperado para a linha de shows pós-novela das nove, não há resignação. A ordem é reverter esse cenário. Um levantamento interno revelou que o público começa a demonstrar cansaço com a fórmula do “Camarote” (algo que já foi sinalizado na edição passada e quase ficou fora dessa), além de criticar as dinâmicas pouco criativas e excessivamente comerciais nas provas do Anjo e do Líder. Esses pontos já estão em análise e sendo debatidos.
Uma das ideias mais fortes é ouvir o público, que há tempos pede por uma edição All Stars, com ex-BBBs de diferentes temporadas. O entrave, no entanto, está nas questões de licenciamento de formato, que hoje impedem a formação de um elenco composto exclusivamente por participantes conhecidos. Assim, a princípio, o processo tradicional de inscrições para anônimos será mantido.
Se houver um entendimento contratual, é possível que a próxima edição conte apenas com ex-BBBs. Caso contrário, o modelo deverá ser o de Novatos e Veteranos, misturando novos nomes com participantes que marcaram época na casa. Inclusive, entre os critérios de inscrição, os anônimos devem indicar quais ex-BBBs mais admiram — e também aqueles com quem teriam menor afinidade — como forma de cruzar essas informações durante a seleção.
O programa vive um momento semelhante ao de 2019. Naquele ano, após uma edição considerada fraca e o claro desgaste do formato, a produção decidiu que o “BBB 20” traria apenas celebridades. Sem a possibilidade total disso, nasceu o formato híbrido, unindo Camarotes e Pipocas, o que rendeu algumas temporadas de sucesso. Agora, com esse ciclo se esgotando novamente, a nova direção demonstra estar aberta a mudanças já para o “BBB 26” — seja na escolha do elenco, seja na condução do programa.