Guerra comercial pode ser ‘bênção’ para o agro do Brasil, segundo Financial Times

Guerra comercial pode ser ‘bênção’ para o agro do Brasil, segundo Financial Times


Com as novas tarifas, mercado americano tende a reduzir suas exportações para a China, o que pode abrir ainda mais espaço para o Brasil

Oleksandr Ryzhkov/FreepikColheita da colheitadeira no campo
A intensificação da guerra tarifária entre Estados Unidos e China tem gerado uma série de análises sobre seus impactos globais

A intensificação da guerra tarifária entre Estados Unidos e China tem gerado uma série de análises sobre seus impactos globais, e uma delas, destacada pelo jornal britânico Financial Times, aponta para uma possível janela estratégica para o agronegócio brasileiro. Antes mesmo das medidas tarifárias impostas pelo presidente americano Donald Trump, o Brasil já vinha se beneficiando nas exportações para a China, especialmente em produtos como carne bovina, frango e soja. Com as novas tarifas, o mercado americano tende a reduzir suas exportações para a China, o que pode abrir ainda mais espaço para o Brasil.

Além disso, a reportagem do Financial Times sugere que o Brasil pode expandir suas exportações para a União Europeia, uma vez que as tarifas americanas sobre produtos europeus podem chegar a 25%. No entanto, essa oportunidade vem acompanhada de desafios. Produtores brasileiros expressam preocupação sobre a capacidade de atender à crescente demanda externa, especialmente se considerarmos o mercado interno e a possibilidade de esgotamento rápido dos estoques. Apesar desses desafios, o agronegócio brasileiro é visto como um dos principais beneficiados neste cenário de tensões comerciais.

Entretanto, nem todos veem essa situação com otimismo. Há vozes críticas que alertam para os riscos de uma dependência excessiva da China. O comentarista Cristiano Beraldo destacou que o Brasil não deve se submeter à influência chinesa, especialmente considerando o programa chinês “Nova Rota da Seda”, que visa controlar a infraestrutura de países parceiros. Ele defende que o Brasil deve buscar fortalecer suas relações com os Estados Unidos, um mercado consumidor significativo e mais próximo geograficamente.

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Para a comentarista Deysi Cioccari, enquanto a guerra comercial pode trazer benefícios a curto prazo para o Brasil, é crucial que o país aborde preocupações de longo prazo, como a dependência de um único mercado e a exportação de produtos de baixo valor agregado. Para garantir um crescimento sustentável, o Brasil precisa diversificar seus parceiros comerciais e investir em produtos de maior valor agregado, assegurando assim uma posição mais sólida e independente no cenário global.

 





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