Artistas declaram apoio a Glauber Braga

Artistas declaram apoio a Glauber Braga


Sâmia Bomfim, mulher do deputado, compartilhou uma lista de cantores e atrizes que se posicionaram contra a cassação do mandato do congressista

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) compartilhou nesta 2ª feira (14.abr.2025) uma lista de artistas que declararam apoio ao seu marido, o também deputado Glauber Braga (Psol-RJ), que pode ter o mandato cassado. O grupo inclui nomes como os cantores Chico Buarque e Leoni e as atrizes Cláudia Abreu, Julia Lemmertz e Elizabeth Savala, além do artista plástico Gringo Garcia. 

“São muitas as declarações de apoio e solidariedade contra a perseguição que Glauber vem sofrendo na Câmara. Agradecemos a cada uma e a cada um!”, escreveu Sâmia. A congressista também compartilhou um abaixo-assinado online para quem quiser “manifestar sua solidariedade e apoiar a luta contra a cassação”. A petição contava com 125.088 assinaturas até às 18h50 desta desta 2ª feira (14.abr).

Glauber está fazendo greve de fome e dormindo na Câmara dos Deputados desde 4ª feira (9.abr). Ele protesta contra a cassação do seu mandato que foi aprovada pelo Conselho de Ética por 13 votos a 5. O psolista diz que manterá a greve até o plenário da Câmara decidir sobre a cassação. 

O deputado vem recebendo visitas de integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como os ministros Sidônio Palmeira (Secom), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos). Também foi visitado pelo ator Marco Nanini.

ENTENDA O CASO

O congressista responde a um processo por agredir, em abril de 2024, o youtuber Gabriel Costenaro, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre). Na ocasião, o deputado disse que havia sido provocado e, por isso, se sentiu intimidado pelo ativista.

Gabriel, por sua vez, afirmou que foi abordado por Glauber enquanto almoçava e, então, o expulsou aos pontapés da Câmara dos Deputados. Depois do episódio, o Novo enviou à Mesa da Câmara o pedido de cassação do mandato do carioca, que foi encaminhado pelo então presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), ao Conselho de Ética.

O congressista declarou repetidas vezes que o relatório a favor de sua cassação, do relator Paulo Magalhães (PSD-BA), é resultado de uma negociação com Lira, que o psolista acusa de persegui-lo.

Glauber Braga e seu partido foram responsáveis por iniciar a ação judicial que fez o STF (Supremo Tribunal Federal) travar a destinação de emendas, em 2024. Na oportunidade, o congressista disse que Lira “sequestra” o Orçamento com a execução de emendas de congressistas.

O Conselho de Ética da Câmara aprovou o pedido de cassação por 13 votos a 5. Essa aprovação, no entanto, não resulta na perda imediata do mandato. Braga pode entrar com um recurso para que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) analise o parecer, antes de ser votado no plenário.

Caso vá a plenário, o processo precisa de ao menos 257 votos favoráveis para confirmar a cassação.





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