Fortes dores abdominais sentidas durante um evento político levaram à internação imediata do ex-presidente do Brasil. Agora, existe a possibilidade de uma nova intervenção
Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, deu entrada no Hospital DF Star, em Brasília, na noite deste sábado (12/4). Na unidade da Rede D’Or São Luiz, ele passará por uma avaliação detalhada de uma equipe médica, que determinará a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica em seu intestino. A análise será realizada neste domingo (13/4) e, caso seja preciso, a cirurgia será realizada no período da tarde. Sentindo um quadro agudo de dores abdominais durante sua participação em um evento político no interior do Rio Grande do Norte, o marido de Michelle Bolsonaro precisou ser internado com urgência na sexta-feira (11/4).
Após receber os primeiros cuidados médicos no Hospital de Santa Cruz, o pai de Carlos Bolsonaro foi transportado de helicóptero para o Hospital Rio Grande, na capital potiguar, para prosseguimento do atendimento. Em uma decisão que marca uma mudança em relação a internações anteriores, a família de Messias não convocou o cirurgião Antônio Macedo. Para esta avaliação e possível operação, o escolhido foi o médico Cláudio Birolini, especialista em cirurgia geral, que viajou de São Paulo para atender o ex-presidente.
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Em Natal, durante uma entrevista coletiva com o quadro de doutores da clínica, Birolini revelou o diagnóstico de Jair: suboclusão intestinal. Ele explicou que se trata de uma obstrução parcial que dificulta a passagem normal de gases e fezes: “Ele tem tido esses episódios recorrentes, que são comuns em pacientes submetidos a diversas cirurgias. Mas esse caso atual parece mais grave do que os anteriores. Estamos tentando resolver com medidas clínicas, como jejum, descompressão gástrica com sonda e hidratação intravenosa. Mas ainda aguardamos a evolução do quadro”.
Desde o atentado de 2018, Bolsonaro passou por diversas cirurgias, que agora resultaram em aderências e, consequentemente, em um quadro de suboclusão. Em suas redes, o político admitiu a gravidade da situação, relatando forte distensão e dores intensas que surpreenderam os profissionais de saúde. Ele considera este o episódio mais sério desde a facada e aponta para a provável necessidade de uma nova cirurgia. A transferência para Brasília envolveu uma logística cuidadosa. Após receber alta no fim da tarde do hospital em Natal, ele foi levado de ambulância ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante, de onde embarcou em uma UTI aérea vinda de Belo Horizonte, com destino à capital federal.