Governo inclui 155 nomes em lista de trabalho impróprio

Governo inclui 155 nomes em lista de trabalho impróprio


Cadastro é atualizado a cada 6 meses; as atribuições dos envolvidos incluem criação de bovinos e cultivo de café

O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego na 4ª feira (9.abr.2025), com a inclusão de 155 nomes. Eis a íntegra da lista (PDF – 564 kB).

Entre os trabalhos com maior nº de patrões incluídos estão:

  • criação de bovinos;
  • cultivo de café;
  • trabalho doméstico.

Ao todo, na publicação mais recente aparecem 745 nomes.

Também conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada 6 meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. A última versão foi divulgada em outubro de 2024.

Segundo o coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravizado e Tráfico de Pessoas, André Esposito Roston, o cadastro cumpre o papel fundamental de comunicar à sociedade sobre os flagrantes e os resgates de vítimas de trabalhos análogos ao escravo, que infelizmente ainda persistem no Brasil.

“A cada atualização do cadastro temos a oportunidade de informar à população sobre as vítimas resgatas e os responsáveis pela exploração e sobre a importância de todos contribuírem para sua erradicação, inclusive denunciando ao Ministério do Trabalho pelo canal oficial do Sistema Ipê.”

Empresas e empregadores

De acordo com nota divulgada pelo ministério, os nomes incluídos são de empresas e empregadores que passaram por processos administrativos finalizados e sem possibilidade de recurso.

Depois de um flagrante, “é lavrado um auto de infração específico que descreve a situação de trabalho análogo ao de escravo. Cada auto dá origem a um processo administrativo, no qual os empregadores têm garantidos seus direitos de defesa, podendo apresentar argumentos e recorrer em duas instâncias”, descreve.

Depois da inclusão, o nome permanece publicado por 2 anos, conforme determina a instrução normativa que regula a lista. Na 6ª feira (4.abr), foram retirados 120 nomes que haviam completado esse prazo.


Com informações da Agência Brasil.





Source link