Luiz Roberto Fonseca, diretor do Hospital Rio Grande, descartou a necessidade de cirurgia, mas médico que acompanha o ex-presidente cogitou uma intervenção futura
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na manhã desta sexta-feira (11) em um hospital particular em Natal (RN) após sentir fortes dores abdominais. Segundo os médicos, ele apresenta um quadro de distensão e possível obstrução intestinal, condição que pode estar relacionada à facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018. Inicialmente, Bolsonaro foi atendido no Hospital Regional de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, mas precisou ser transferido de helicóptero da Polícia Militar para o Hospital Rio Grande, na capital. A remoção aérea contou com o aval da governadora do estado, Fátima Bezerra (PT), de acordo com o governo estadual.
De acordo com o médico Luiz Roberto Fonseca, do Hospital Rio Grande, o ex-presidente está estável, sem dores no momento, e não há, por ora, necessidade de cirurgia. “Ele tem uma distensão abdominal, mas não há sinais clínicos que indiquem a necessidade de uma intervenção cirúrgica”, afirmou. No entanto, o médico de Bolsonaro, Antônio Luiz Macedo, que acompanha seu quadro à distância, não descarta uma futura cirurgia.
O próximo passo no tratamento será a retomada das funções intestinais. Um boletim médico atualizado está previsto para as 17h. Um dos médicos que costuma acompanhar Bolsonaro está a caminho de Natal. Apesar da situação clínica estável, uma possível transferência do ex-presidente para São Paulo ou Brasília está sendo considerada pela família, a depender do resultado dos exames de imagem. “Clinicamente, ele está em condição de ser removido em UTI aérea, com acompanhamento médico”, disse Fonseca. Um andar inteiro do hospital foi reservado por razões de segurança, e Bolsonaro permanece bem-humorado, segundo os profissionais.
O ex-presidente sentiu dores durante a noite anterior no hotel onde estava hospedado em Natal. Ele participava da primeira agenda da “Rota 22”, projeto do PL que pretende levá-lo a diversos Estados, mesmo estando inelegível até 2030. Na manhã de sexta-feira, antes do mal-estar, Bolsonaro participou de um evento com apoiadores na cidade de Bom Jesus.
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Desde o atentado de 2018, Bolsonaro já passou por ao menos cinco cirurgias abdominais e diversas internações. Em 2022, foi hospitalizado após ingerir camarão não mastigado. Em 2023, realizou procedimentos para correção de hérnia e refluxo. Além disso, ficou internado por 12 dias devido a um quadro de erisipela e dores abdominais. Segundo aliados, como o senador Rogério Marinho (PL-RN), as dores recentes têm relação com as complicações decorrentes da facada. O médico Macedo reforçou que o intestino do ex-presidente “está completamente paralisado” e que o caso inspira atenção.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
