Polícia abre inquérito em caso de alunas de medicina que debocharam de paciente no TikTok

Polícia abre inquérito em caso de alunas de medicina que debocharam de paciente no TikTok


O inquérito por injúria surge após a família da paciente, que morreu, denunciar as duas estudantes

A polícia abriu um inquérito por injúria contra as estudantes de medicina Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano por terem feito um vídeo ironizando a paciente Vitória Chaves, que morreu após passar por três transplantes de coração.

No vídeo, as alunas disseram que um dos transplantes da vítima não deu certo pois ela não tomou os medicamentos corretamente. A mãe de Vitória foi à delegacia nesta terça-feira (8/4) e pede retratação das jovens.

Veja as fotos

Reprodução/Instagram

Estudantes de medicina expõem caso de paciente no TikTok e família reageReprodução/Instagram

Reprodução

Estudantes de medicina expõem caso de paciente no TikTok e família reageReprodução


O delegado Marco Antônio Bernardo afirmou: “Primeiro, foi feito um boletim de ocorrência não criminal, já que o vídeo não cita o nome de Vitória e não houve um crime cometido. A mãe veio novamente, a ouvimos e, então, como ela estava se sentindo ofendida com o conteúdo publicado referente à filha, se sentindo difamada com as informações divulgadas, instauramos inquérito por injúria em uma ação penal privada”.

“Não há encaminhamento do inquérito policial para o Ministério Público analisar se apresenta denúncia ou não, como nos casos de ação penal pública. No caso da ação penal privada, em denúncia por injúria, a vítima faz requerimento, instaura inquérito, e o advogado da vítima é quem oferece queixa-crime contra as pessoas para seguir o processo no Judiciário”, disse ele ao G1.

“Já ouvimos a mãe e vamos querer ouvir as alunas e representantes do hospital também nos próximos dias. E mesmo com o inquérito instaurado, a família de Vitória pode entrar com uma ação civil por danos morais”, finaliza.

A irmã de Vitória revelou ao G1 que o vídeo foi publicado nove dias antes da jovem morrer, e diz que a afirmação de que ela não teria se medicado corretamente é falsa: “Um amigo dela que mora na Holanda reconheceu a história e nos enviou. Ficamos em choque quando descobrimos. As duas estudantes fizeram estágio de 30 dias na instituição. Nem chegaram a conhecer a minha irmã. Nunca foram vê-la. Por conta dessa desinformação, as pessoas passaram a criticar minha irmã”.



Source link