Operação Expurgo desmonta esquema de crime ambiental no Caju, zona portuária do Rio

Operação Expurgo desmonta esquema de crime ambiental no Caju, zona portuária do Rio


Despejo ilegal de entulho e resíduos tóxicos às margens da Baía de Guanabara causa prejuízos ambientais e econômicos à cidade

Divulgação/Polícia Civil do Rio de JaneiroRJ
A Operação Expurgo flagrou o despejo irregular de resíduos da construção civil e lixo industrial em uma área de proteção às margens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro

Uma força-tarefa formada por órgãos ambientais, Polícia Civil e Guarda Municipal desmontou, nesta quarta-feira (9), um esquema de crime ambiental de grande porte no bairro do Caju, na zona portuária do Rio de Janeiro. A Operação Expurgo flagrou o despejo irregular de resíduos da construção civil e lixo industrial em uma área de proteção às margens da Baía de Guanabara, considerada uma das regiões mais degradadas da cidade. Pelo menos 50 caminhões estavam envolvidos na rotina de despejo clandestino. Parte dos veículos era financiada por empresários do setor de transportes e empreiteiras que lucram com o descarte ilegal. A atividade também operava com falsificação de documentos de transporte de resíduos (CTRs). O prejuízo ambiental, somado aos danos à infraestrutura urbana pode ultrapassar os R$ 5 milhões. O descarte ilegal não apenas agrava a poluição da Baía de Guanabara, como também compromete o solo, os lençóis freáticos e expõe comunidades vulneráveis ao risco de doenças. Técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Inea) identificaram traços de metais pesados em amostras coletadas no local, reforçando os riscos à saúde pública. A empresa responsável pela limpeza urbana no município, afirma que parte do entulho despejado no local deveria ter sido encaminhado para centros de triagem ou aterros licenciados.

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A zona do Caju, apesar de localizada em uma das áreas mais estratégicas do Rio — próxima ao porto, à Avenida Brasil e à Ponte Rio-Niterói — sofre com o abandono urbano. A falta de fiscalização efetiva permite a transformação do bairro em um grande lixão clandestino a céu aberto. A Prefeitura informou que vai reforçar as ações de fiscalização ambiental e responsabilizar as empresas envolvidas. Já o Ministério Público estadual acompanha o caso e pode apresentar denúncias criminais nas próximas semanas.

 





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