Hugo Motta afirma que PEC da segurança pública vai ser prioridade

Hugo Motta afirma que PEC da segurança pública vai ser prioridade


Presidente da Câmara diz que os líderes dos partidos concordam que a pauta é urgente; Oposição discorda do teor do texto proposto pelo governo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta 3ª feira (8.abr.2025) que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da segurança pública será prioridade para 2025. A declaração foi feita após a apresentação oficial da proposta por Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública.

“Podem ter certeza que essa será a pauta prioritária da nossa gestão à frente da Câmara, pois penso que é a pauta que a sociedade mais espera por respostas nesse momento”, afirmou Motta. 

 

O presidente da Câmara afirmou que os líderes dos partidos concordaram que a situação da segurança pública precisa ser tratada com urgência. A PEC será protocolada na Câmara na próxima semana. 

“Todos os partidos estavam aqui, representados partidos da opção, aos partidos da base, aliada e todos concordaram Qual urgência da câmara dos deputados dá uma resposta para essa situação da segurança pública? O que muito nos animou, que muito nos estimulou para que possamos dar essa resposta que a sociedade tanto nos cobra”, afirmou Motta. 

O ministro Lewandowski classificou a reunião como “extremamente proveitosa”. Leia a íntegra da PEC da segurança pública apresentada (PDF – 129 kB). 

Oposição

Congressistas de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porém, se posicionaram contrários ao texto da proposta de Lewandowski.

O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) afirmou que a PEC precisa ser “muito trabalhada” na Câmara e que algumas partes são “absurdas”. 

“O texto é muito preocupante. Ele não traz uma pequena alteração. Esse texto é grave e altera as competências legislativas. Ele permite que a União fale sobre segurança pública, como nunca falou, determine regras, crie modelos”, afirmou o deputado a jornalistas. 

A PEC concede à União o poder de estabelecer políticas e planos nacionais sobre a segurança pública e defesa social. O governo federal também poderá criar estratégias para coordenar o sistema único de segurança pública e o sistema penitenciário. O texto incorporou uma cláusula, a pedido de governadores, para garantir que as competências da União não afetem a autonomia dos Estados nem a subordinação das polícias estaduais.

Para Carol de Toni (PL-SC), a centralização da segurança pública no governo federal proposta pela PEC é “perigosa”. De acordo com ela, a segurança pública deve ser responsabilidade dos estados e municípios.

ENTENDA O QUE MUDA COM A PEC

  • COMPETÊNCIAS DAS POLÍCIAS

Um dos pontos principais da PEC do governo é ampliar os poderes da PF (Polícia Federal) para atuar nos Estados. Outro é a criação da Polícia Viária, que substituirá a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e ficará restrita ao policiamento ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias federais.

Em relação à PF, a PEC assegurará a atuação contra crimes ambientais e práticas cometidas por organizações criminosas e milícias privadas que tenham repercussão interestadual ou internacional. 

  • FUNDO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Inicialmente, a PEC do governo do presidente Lula também queria unificar o Fundo Nacional de Segurança Pública e o Fundo Penitenciário e incluí-los na Constituição.  

A pedido dos governadores, os repasses continuarão separados e “serão compartilhados entre todos os integrantes da Federação, na forma da lei, vedado o seu contingenciamento”.

A nova redação da proposta estabelece a criação de ouvidorias públicas e autônomas em todo o Brasil. Os órgãos são responsáveis por investigar acusações, possíveis irregularidades e a conduta de seus integrantes.

A versão final incorporou o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as guardas municipais. De acordo com Lewandowski, a proposta estabelece a integração de todas as polícias do país, desde a PF (Polícia Federal) até a Guarda Municipal.

Em decisão de fevereiro, a Corte declarou que as guardas municipais podem fazer policiamento ostensivo nas vias públicas, respeitando-se os limites de competências com as demais forças de segurança.





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