Agilidade para identificar uma suposta manipulação na primeira rodada do Brasileirão 2025 impressionou fãs de futebol
O Brasileirão 2025 mal começou e já temos a primeira grande polêmica envolvendo manipulação de resultados: um jogador do Juventude, o atacante Ênio, é investigado por, supostamente, tomar um cartão amarelo de propósito em favor de apostadores. A agilidade em identificar a suspeita surpreendeu fãs de futebol. O portal LeoDias te explica agora o mecanismo utilizado pela CBF e outras federações para investigar suspeitas.
Regulamentação das bets incentivou maior fiscalização
Desde 2024, quando aconteceu a regulamentação de casas de apostas esportivas no Brasil, as plataformas passaram a ter mais transparência na divulgação de números e volumes de apostas.
Agora, para operar no pais, as casas de apostas precisaram se regulamentar e obter uma licença do governo brasileiro, onde há o pagamento de impostos e fiscalização do Ministério da Economia a fim de investigar possíveis fraudes fiscais.
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Vale ressaltar que manipulações de resultados, em sua grande maioria, prejudicam casas de apostas que acabam tendo perdas financeiras signficativas com quadrilhas que manipulam resultados.
Organismo internacional é responsável por produzir relatórios
As casas de apostas regulamentadas também aderiram a um organismo internacional: a International Betting Integrity Association (Ibia), fornecendo dados, a fim de investigar fluxos suspeitos de apostas, dinheiro aplicado e perfis, supostamente, falsos.
Toda vez que uma aposta com volume incomum acontece, as casas da apostas enviam os dados para a Ibia, que produz um alerta, e emite para as federações nacionais (no caso do Brasil, a CBF). A entidade recebe os dados e distribui para clubes e jogadores envolvidos nas suspeitas e também para os órgãos de investigação nacionais.
Após o alerta, a Ibia produz um relatório mais detalhado, dando todos os dados necessários sobre a aposta suspeita.
Caso de Ênio, do Juventude, demorou menos de uma semana para chegar à CBF e ao Ministério Público
O mais recente caso envolvendo o Brasileirão envolve o atacante Ênio, do Juventude. Na primeira rodada do campeonato deste ano, o atacante recebeu um cartão amarelo “suspeito”. A Ibia emitiu um alerta para CBF informando sobre um volume incomum de apostas envolvendo a punição ao jogador.
Segundo o órgão, utilizando dados de ao menos cinco plataformas, mais da metade das apostas feitas na partida entre Juventude e Vitória foram justamente para o cartão amarelo ao jogador da equipe gaúcha. A Ibia informou que mais R$ 56,7 mil foram gastos tendo 111 pessoas beneficiadas.
Ao receber o alerta, a CBF avisou ao Juventude que acabou por afastar o atleta. A entidade máxima do futebol brasileiro também enviou o relatório produzido ao Ministério Público (MP). Caberá agora ao MP abrir ou não investigação contra o atleta a partir das informações fornecidas pela Ibia.
Vale ressaltar que além de ferir os regulamentos da CBF e da FIFA, podendo causar até banimento do esporte, manipular e fraudar partidas de futebol também é configurado como crime segundo a Lei Geral do Esporte. As penas podem ir de dois a seis anos de prisão e multas.
Jogadores já foram punidos e atletas da Seleção podem ser banidos
Dezenas de atletas foram condenados em meio a Operação Penalidade Máxima, realizada pelo MP de Goiás entre os anos de 2022 e 2023, que investigou manipulações em jogos do Brasileirão série A e série B.
Atualmente, jogadores que já tiveram passagens pela Seleção Brasileira como o caso de Lucas Paquetá, do West Ham, da Inglaterra, Luiz Henrique, ex-Botafogo e atualmente no Zenit, da Rússia, e Bruno Henrique, do Flamengo, podem ser punidos em breve. A CPI da Manipulação de Resultados chegou, inclusive, a indiciar Bruno Toletino, tio de Lucas Paquetá, por envolvimento com os atletas citados.
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