Silvinei Vasques pede para assistir ao seu próprio julgamento

Silvinei Vasques pede para assistir ao seu próprio julgamento


Ex-diretor-geral da PRF usa tornozeleira eletrônica desde que teve a liberdade provisória concedida em 2023; requer poder ir de SC ao DF

O ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques pediu nesta 2ª feira (7.abr.2025) ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para assistir ao próprio julgamento por tentativa de golpe de Estado, que será realizado em 22 e 23 de abril.

Silvinei Vasques não poderia deixar Santa Catarina, onde mora, e ir para Brasília por causa de medidas cautelares impostas por Moraes, como o uso de tornozeleira eletrônica, ao conceder a liberdade provisória. O ex-agente foi preso em agosto de 2023 por realizar operações no Nordeste que teriam impedido que eleitores votassem no 2º turno das eleições de 2022.

“Considerando a relevância dos fatos imputados e a magnitude do julgamento que se avizinha, o comparecimento pessoal do Requerente revela-se necessário para o pleno exercício de sua defesa, em consonância com os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa”, disse a defesa do ex-agente. 

A permissão é para a saída de São José (SC) na 2ª feira (21.abr), com volta programada para a 5ª feira (24.abr). O período abarcaria, segundo a defesa, “eventualidades logísticas, como atrasos de voos ou compromissos preparatórios para a audiência”, garantindo “a presença pontual” de Vasques nas sessões de julgamento.

O julgamento analisará denúncia da PGR contra o núcleo 2 do plano de golpe, que engloba Vasques e mais 5 pessoas acusadas pela PGR (Procuradoria Geral da República) de 5 crimes. São eles: 

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • tentativa de golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência; e 
  • grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

De acordo com a denúncia do procurador Paulo Gonet, “Silvinei Vasques, Marília Ferreira de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira coordenaram o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Jair Messias Bolsonaro no poder” ao atuarem organizando blitzes para impedir que eleitores de Lula chegassem às urnas.





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