Opinião: Raquel de “Vale Tudo” é a redenção e a consagração de Taís Araujo

Opinião: Raquel de “Vale Tudo” é a redenção e a consagração de Taís Araujo


Após enxurrada de críticas em “Viver a Vida”, atriz colhe elogios por sua atuação impecável no horário nobre

Com apenas uma semana no ar, o remake de “Vale Tudo” já tem um nome que domina as conversas: Taís Araujo. Sua atuação como Raquel Acioly é o tipo de performance que cala críticos e emociona o público. A personagem, uma mulher batalhadora que cria a filha sozinha e se recusa a enxergar o mau-caratismo dela, poderia facilmente cair no estereótipo. Mas Taís entrega uma Raquel com camadas, dores contidas e uma dignidade que transborda sem precisar gritar.

É quase impossível não notar o contraste com 2009, quando a atriz foi alvo de críticas como a Helena de “Viver a Vida”. Na época, parte do público e da crítica questionou sua escalação e interpretação — injustamente. Agora, o jogo virou. A unanimidade de elogios nas redes sociais e na imprensa é mais que um aceno ao talento de Taís; é um acerto de contas com o passado.

A personagem ganhou sutis atualizações que a aproximam ainda mais da mulher brasileira de hoje. E Taís entendeu isso. Sua Raquel tem firmeza sem ser dura, sensibilidade sem cair na pieguice. Cada cena traz um cuidado nos gestos, no olhar, na respiração — tudo soa real. Há uma entrega emocional que comove e conecta.

O que estamos vendo é uma atriz madura, segura de si, vivendo um momento raro em que o papel certo encontra a intérprete certa. Taís Araujo está, enfim, sendo reconhecida como a grande atriz que sempre foi. E Raquel Acioly, sob seu comando, promete ser um dos grandes marcos desta nova era das novelas brasileiras.



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