Mais de três décadas após o crime que chocou Beverly Hills, Lyle e Erik Menendez seguem na esperança de deixarem a prisão
Presos desde o início dos anos 1990, Erik e Lyle Menendez cumprem pena perpétua pelo assassinato dos pais, José e Kitty Menendez, mortos a tiros na mansão da família em Beverly Hills, em agosto de 1989. À época, o crime foi tratado como um mistério envolto em luxo, dinheiro e ambições familiares. Agora, com a aproximação de uma audiência decisiva, marcada para 13 de junho, o caso reaparece em nova roupagem, com contornos que envolvem reavaliações judiciais, revisões processuais e atenção do público.
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Em entrevista ao especial The Menendez Brothers: The Prison Interview, produzido pelo site TMZ, os irmãos revelaram um sentimento incomum para quem há décadas vive sob o rigor do sistema prisional, a esperança.
A repercussão do especial coincide com o recente lançamento da série Monstros: Irmãos Menendez, da Netflix, que encenou os eventos do crime e reacendeu debates sobre os bastidores do julgamento, o papel da mídia nos anos 90 e as alegações de abuso dentro do núcleo familiar. A produção de Ryan Murphy trouxe à tona, mais uma vez, questionamentos sobre os limites entre realidade e dramatização.
Do ponto de vista jurídico, o caso se encontra em uma fase delicada. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou que o conselho de liberdade condicional irá avaliar se os irmãos ainda representam risco à sociedade.
A análise será enviada ao juiz responsável, que poderá propor uma nova sentença com base no tempo já cumprido e em mudanças na percepção legal de fatores como trauma e histórico familiar.