Aos 62 anos, atriz refletiu em entrevista ao programa “Mais Você”, da Globo, sobre etarismo, pressões sociais, autocuidado e trabalhos
Entre novos papéis e reflexões sobre o envelhecimento, Claudia Ohana vive uma fase intensa e transformadora. Atualmente, a atriz está se preparando para encenar a personagem Maria Madalena no espetáculo “Paixão de Cristo”, que será apresentado no teatro a céu aberto de Floriano, no Piauí. Apesar das conquistas, Claudia tem enfrentado preconceito etário, como contou em entrevista ao “Mais Você”, da Globo.
Especialmente após completar 60 anos, a atriz veterana refletiu como o preconceito se manifesta nas pequenas e grandes interações do dia a dia: “Não pode usar shortinho, ficam chocadas com várias coisas, querem saber se a gente faz sexo, se vai se aposentar. Fiquei muito chocada quando fiz 60 anos e as pessoas me perguntando isso”, comentou, indignada.
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Ela relembrou que desde os 50, percebe uma cobrança constante vinda tanto de estranhos quanto de familiares. “Quando querem me agredir, a primeira coisa que fazem é me chamar de velha. E não estamos velhas! É importante que as pessoas tenham um olhar generoso para a beleza madura porque o brasileiro cultua muito a juventude”, argumentou ela.
Ainda assim, ela diz que hoje lida melhor com suas inseguranças e aprendeu a abraçar suas imperfeições. “Hoje, meu grande objetivo de vida é ser feliz, aceitar meus limites, dar meu melhor para meu físico, tudo para ter felicidade e prazer. Isso me aflorou muito no amadurecimento, me considero uma pessoa muito positiva”, revelou a atriz, que virou um símbolo sexual com o passar dos anos.
Sobre esse estigma, inclusive, Claudia encara com bom humor, já que se considera uma mulher pequena e fora dos padrões de beleza impostos pela sociedade. “Mas acho que ser um mulherão é uma questão de força, de saber se posicionar, acreditar em você, se sentir feliz, bonita”, ponderou.
Sobre estética, a atriz diz ser adepta de cuidados leves e admite que já fez botox, mas nada agressivo, segundo ela: “Nós, mulheres, que somos exigidas, estamos sempre preocupadas, recebemos várias críticas. Agora, envelhecer não me angustia, meus defeitos não me angustiam a ponto de entrar numa cirurgia”.
Ohana também está prestes a estrear uma comédia sobre transtorno obsessivo-compulsivo no Rio de Janeiro. Além disso, está com a encenação da peça “Paixão de Cristo”; vai reviver sua personagem Natasha da novela “Vamp” no show de 60 da Globo; e está com dois filmes a caminho, “Terror Noturno” e “Entre Quadras”.