Já as penas aplicadas pelo STF aos presos pelos atos de 8 de janeiro dividem opiniões; 36% defendem a redução e 25% o aumento
Um levantamento feito pelo Datafolha mostra que 56% da população brasileira é contra a anistia aos condenados pelos ataques à Praça dos 3 Poderes em 8 de janeiro de 2023. O levantamento, divulgado nesta 2ª feira (7.abr.2025), também mostra que as punições aplicadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) dividem as opiniões.
Para 34% dos entrevistados, as penas são adequadas. Já 36% defendem a redução das condenações, enquanto 25% desejam que elas sejam ampliadas. A pesquisaindica que, ao longo do último ano, o apoio à anistia cresceu, mas ainda é baixa: foi de 31% em março de 2024, para 37% na pesquisa mais recente. A rejeição ao perdão, por sua vez, caiu de 63% para 56% no mesmo período.
Entre os eleitores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, 72% apoiam a anistia. Em oposição, 90% dos apoiadores do Psol e 68% dos eleitores do PT rejeitam a proposta.
Entre os que apoiam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), para o Planalto em 2026, 61% defendem a anistia. No segmento evangélico, 40% são favoráveis à anistia, enquanto 50% são contrários. A margem de erro para esse público é de 4 pontos percentuais.
Quanto ao tamanho das penas, 30% dos brasileiros “mais pobres” defendem a ampliação das condenações. Entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos, 47% defendem a redução das penas, assim como 45% do grupo que recebe acima de 10 salários mínimos.
O Datafolha também questionou sobre uma eventual mudança na Lei da Ficha Limpa, que atualmente impede a candidatura de políticos condenados em 2ª instância. As opiniões estão divididas: 47% são favoráveis à alteração, outros 47% são contrários, e 5% dizem não saber. Um público chamado de “mais ricos” pelo Datafolha demonstra maior resistência à mudança, com rejeição de 66%.
O Datafolha ouviu 3.054 eleitores em 172 municípios, entre 1º e 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.