Pressão tarifária dos EUA preocupa e pode travar avanços na agenda climática, alerta Marina Silva

Pressão tarifária dos EUA preocupa e pode travar avanços na agenda climática, alerta Marina Silva


Ministra critica medidas unilaterais e diz que multilateralismo é essencial para enfrentar a crise ambiental

Filipe Araujo/ MinCMarina Silva
Durante evento em Brasília nesta quinta-feira (4), Marina afirmou que a decisão americana de elevar tarifas sem consulta aos parceiros pode desencadear uma guerra comercial e prejudicar a cooperacao entre países no combate às mudanças climáticas

A proposta dos Estados Unidos de adotar medidas comerciais unilaterais acendeu um alerta no governo brasileiro. Para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, esse tipo de movimentação enfraquece os esforços internacionais no enfrentamento da crise climática. Durante evento em Brasília nesta quinta-feira (4), Marina afirmou que a decisão americana de elevar tarifas sem consulta aos parceiros pode desencadear uma guerra comercial, justamente num momento em que o mundo precisa de mais cooperação, e não isolamento. “Quando se rompe com o multilateralismo, se quebra um pacto. E isso enfraquece todos os processos que dependem da confiança internacional”, disse. O comentário foi uma resposta à ofensiva tarifária dos Estados Unidos, anunciada recentemente. Embora não tenha sido apresentada formalmente como uma medida ambiental, a política levanta preocupações sobre os impactos em países que exportam bens agrícolas e industriais — como o Brasil. Marina reforçou que a solução para a emergência climática não pode ser construída de forma unilateral. “Essa lógica de punição isolada é incompatível com o espírito da cooperação internacional. A mudança do clima é um problema global, e precisa de respostas coletivas.”

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Na Câmara, o governo já conseguiu aprovar o projeto de reciprocidade comercial, que permite ao Brasil aplicar sanções semelhantes a países que adotem barreiras contra produtos brasileiros. A proposta agora segue para análise no Senado. A ministra também aproveitou para defender a retomada do protagonismo climático brasileiro no cenário internacional e alertou que decisões tomadas por países desenvolvidos, sem diálogo, podem aumentar as desigualdades. “Não há saída para o mundo se continuarmos com esse tipo de comportamento. O desafio climático exige solidariedade, não exclusão.”





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