A ideia é que o programa celebre o centenário daquela que moldou a teledramaturgia brasileira como poucos
Nada de filme, nem documentário. Para marcar o centenário de Janete Clair, a Globo está avaliando exibir algo mais direto e simbólico: uma semana inteira de homenagens no “Conversa com Bial”. O programa vai ao ar em edição especial, celebrando os 100 anos daquela que moldou a teledramaturgia brasileira como poucos.
A ideia é que, ao longo dos episódios, Bial receba atores, autores, diretores e familiares que conviveram com Janete ou foram impactados por sua obra. A proposta é revisitar suas novelas mais marcantes, como “Irmãos Coragem”, “Selva de Pedra” e “Pecado Capital”, além de contar bastidores, mostrar trechos raros e destacar o legado que ainda pulsa nas produções atuais da emissora.
Durante algum tempo, cogitou-se uma grande produção audiovisual — um longa-metragem ou até uma minissérie documental. Mas a Globo decidiu seguir outro caminho: apostar na força da conversa e na memória viva de quem esteve por perto. O especial no “Conversa com Bial” se apresentará como um tributo afetivo e direto, no estilo da própria Janete, que sempre escreveu para o público, com linguagem clara, envolvente e popular.
A autora, que morreu em 1983, continua sendo referência e inspiração para roteiristas de televisão e faria 100 anos no próximo dia 25, véspera dos 60 anos da Gobo. Seus personagens e reviravoltas ainda ecoam na cultura pop brasileira. No centenário de seu nascimento, a homenagem não tentará reinventar a roda — apenas parar e ouvir quem tem o que contar. E isso, no caso de Janete Clair, é muita gente.
