Ministério Público acusa técnico do Real Madrid de omitir mais de um milhão de euros em tributos
O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, compareceu ao Tribunal Provincial de Madri nesta quarta-feira (2/4) para prestar depoimento em um processo de fraude fiscal. O Ministério Público espanhol acusa o italiano de omitir mais de um milhão de euros (cerca de R$ 6,2 milhões) em tributos referentes a direitos de imagem durante sua primeira passagem pelo clube merengue, em 2014.
A promotoria solicitou uma pena de quatro anos e nove meses de prisão. Antes de entrar para depor, Ancelotti falou com a imprensa e afirmou estar tranquilo quanto à acusação.
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“Para mim estava tudo correto. Só me preocupava em receber o dinheiro líquido nos três anos e nunca percebi ter algo errado. Nunca recebi qualquer comunicação de que o Ministério Público estava me investigando. Quando o Real me propôs o contrato, acertei tudo com o meu assessor, e não pensei que isso pudesse ser uma fraude”, declarou.
De acordo com as investigações, o treinador teria evitado o pagamento de tributos ao ceder seus direitos de imagem à empresa Vapia Limited. O contrato inicial, assinado em 2013, previa uma duração de dez anos e um valor total de 25 milhões de euros.
No entanto, no dia seguinte ao acordo, Ancelotti assumiu um cargo de controle na empresa, o que lhe permitiu administrar diretamente os rendimentos provenientes de sua imagem. Posteriormente, o contrato foi reduzido para três anos e um milhão de euros, e parte dos pagamentos passou a ser feita por outra empresa, a Vapia LLP.
A acusação aponta que, com essa estrutura, Ancelotti omitiu rendimentos que deveriam ser tributados na Espanha. O caso segue em análise pela Justiça, enquanto o técnico continua no comando do Real Madrid, focado na reta final da temporada.
