Cartas enviadas por embaixadas dos Estados Unidos na Europa pedem que organizações fornecedoras de empresas americanas atestem que aceitam banimento de programas de inclusão e equidade

Embaixadas dos Estados Unidos ao redor do mundo estão sob ordens para pressionar empresas e prestadores de serviços a eliminarem políticas de diversidade, seguindo uma diretriz do governo de Donald Trump. Esta medida, que visa vetar políticas de diversidade, equidade e inclusão, tem gerado tensões significativas com países estrangeiros. O presidente Trump, que reassumiu a Casa Branca, ampliou essas restrições a fornecedores e beneficiários de subsídios americanos no exterior. Empresas que não cumprirem a diretriz correm o risco de perder pagamentos, conforme notificações enviadas pelas embaixadas americanas.
A reação internacional a essa medida tem sido significativa e variada. Na Europa, por exemplo, o Ministério do Trabalho da Espanha classificou a exigência como uma “flagrante violação da legislação do país”, que obriga empresas com mais de 50 funcionários a implementar planos de diversidade.
O prefeito de Barcelona criticou a ação americana, chamando-a de “avalanche reacionária” contra os valores democráticos da Europa. Na Alemanha, a montadora BMW recebeu uma notificação da embaixada dos EUA na Bulgária sobre sua política de diversidade e afirmou que continuará seguindo sua estratégia de governança social e ambiental. A França também criticou a interferência americana, destacando ameaças de tarifas adicionais a empresas europeias.

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Desde sua posse em 20 de janeiro, Trump tem adotado medidas que, segundo analistas políticos, tensionam as relações transatlânticas, incluindo novos embargos comerciais e a revisão de alianças militares. Nesta terça-feira (1º), Trump deve assinar novas ordens executivas que podem gerar mais reações internas e externas. A expectativa é que essas ordens sejam anunciadas após um almoço com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, em Washington. A comunidade internacional e analistas políticos estão atentos aos desdobramentos dessas ações, que podem impactar as relações diplomáticas e comerciais dos Estados Unidos com outros países.
*Com informações de Eliseu Caetano
*Reportagem produzida com auxílio de IA