Sequestro em SP tem desvio de R$ 287 mi e prisão de policiais

Sequestro em SP tem desvio de R$ 287 mi e prisão de policiais


Empresário espanhol ficou pelo menos 5 dias em cativeiro e disse ter sido extorquido pelos sequestradores

Um policial civil foi preso na 2ª feira (31.mar.2025) suspeito de participar do sequestro de um empresário espanhol na região metropolitana de São Paulo. Um policial militar da reserva já havia sido detido no sábado (29.mar). O caso é investigado pela Divisão Antissequestro do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

Conforme o relato de Rodrigo Perez Aristizabal, ele teria ficado pelo menos 5 dias em cativeiro e os responsáveis por seu sequestro desviaram US$ 50 milhões da sua conta (cerca de R$ 287 milhões). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo) disse que há a suspeita de participação de 7 pessoas. Entre elas, a namorada da vítima, Luana Bektas Lopez, e um 3º agente, que está foragido.

A secretaria disse que não vai tolerar desvios de conduta de agentes. “As forças de segurança do Estado ressaltam seu compromisso com a legalidade e afirmam que não toleram desvios de conduta, aplicando punições exemplares a agentes que descumprem a lei e os protocolos institucionais”, declarou.

Aristizabal disse à polícia ter sido sequestrado no início da semana passada, sem informar em qual dia exatamente. Segundo o espanhol, teria sido na última 2ª feira (24.mar) ou na 3ª feira (25.mar). 

Ele disse que estava caminhando de uma padaria para seu apartamento no Ipiranga, zona sul de São Paulo, quando foi abordado por 2 homens em uma camionete preta com a logomarca da Polícia Civil.

Os homens o chamaram pelo nome e usavam uniforme de policiais civis. Aristizabal foi colocado à força no veículo e levado para um cativeiro, em uma região de mata em Mogi das Cruzes (SP), onde teria sido forçado a tomar remédios para dormir. 

Segundo o empresário, ele foi extorquido e os suspeitos desviaram US$ 50 milhões da sua conta.

Aristizabal relatou aos policiais ter escapado dias depois, no sábado (29.mar). Ele declarou ter colocado, escondido, remédio tranquilizante na bebida de um dos sequestradores, de quem ganhou a confiança. 

O empresário afirmou ter se libertado das algemas, escapado do cativeiro e ido a um restaurante, onde acionou a PM (Polícia Militar). 

Os agentes foram ao local indicado pelo espanhol como sendo seu cativeiro. Ronaldo da Cruz Batista, policial militar reformado, foi preso em flagrante e confessou o crime. A defesa dele não foi localizada pela reportagem do jornal. 

Aristizabal disse à polícia que sua namorada foi ao cativeiro. Segundo ele, ela estava trocando mensagens no celular com uma pessoa identificada como “Thor” no dia do sequestro. O espanhol relatou que Luana Bektas Lopez havia conversado com essa pessoa em outras ocasiões. A defesa dela também não foi encontrada pelo Estadão.





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