Corporação afirma que o documento consta como “cancelado” no sistema; o sobrinho de Bolsonaro é réu pelo 8 de Janeiro e está na Argentina
A PF (Polícia Federal) reforçou nesta 3ª feira (1º.abr.2025) o pedido ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para destruir o passaporte de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio. Ele é primo dos 3 filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eis a íntegra do ofício (PDF – 119 kB).
A corporação já havia pedido, em outubro de 2024, para destruir o documento. A PF afirma que o passaporte, apreendido durante uma operação de busca e apreensão, consta como “cancelado” no sistema.
IDA À ARGENTINA
Réu por participação nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília, Léo Índio está na Argentina.
A advogada do réu enviou ao Supremo um documento das autoridades migratórias segundo o qual Léo Índio tem permissão para permanecer até 4 de junho no país. Ele também tem permissão para trabalhar, estudar e usar os serviços públicos de saúde argentinos.
Moraes, relator do caso no STF, havia intimado a defesa a prestar esclarecimentos, depois de uma rádio do interior paranaense veicular um vídeo em que Léo Índio diz estar no país vizinho por ter medo de ser preso.
RÉU PELO 8 DE JANEIRO
Léo Índio virou réu no Supremo pelo envolvimento nos 8 de Janeiro, depois do julgamento da denúncia pela 1ª Turma da Corte.
Ele foi denunciado pela PGR (Procuradoria Geral da República) por ter participado do ato extremista. Segundo a denúncia, o próprio Léo Índio publicou imagens em suas redes sociais durante a invasão dos prédios públicos.
Em uma das publicações, ele aparece sobre o prédio principal do Congresso Nacional, onde ficam as cúpulas do edifício. Em outra, surge perto da sede do STF. Para a PGR, isso prova a participação dele na invasão e depredação dos edifícios.