Israel revoga tarifas aos EUA antes das taxas recíprocas de Trump

Israel revoga tarifas aos EUA antes das taxas recíprocas de Trump


A medida busca “fortalecer laços” comerciais entre os países; presidente norte-americano já recuou em tarifas a países que cumprem exigências

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), anunciou nesta 3ª feira (1º.abr.2025) que removerá todas as tarifas de exportação a produtos dos Estados Unidos.

Em um comunicado junto ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e da Economia, Nir Barkat, o premiê disse que a medida fortalecerá os laços entre os 2 países. O governo assinou a isenção 1 dia antes de o presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), impor taxas gerais ou recíprocas a todos os países. Eis a íntegra da nota (PDF – 387 kB, em inglês).

“Cancelar os impostos alfandegários sobre produtos americanos é um passo adicional na política que meus governos têm liderado por uma década para abrir o mercado à concorrência, introduzir variedade à economia e reduzir o custo de vida”, afirmou Netanyahu.

“Além das vantagens econômicas para o mercado e para os cidadãos de Israel, o esforço atual permitirá fortalecer ainda mais a aliança e os laços entre Israel e os EUA”, disse o premiê no comunicado.

Os ministros israelenses seguiram a mesma linha de Netanyahu e destacaram a “importância” em reduzir as tarifas alfandegárias para fortalecer as políticas entre os países. Para o ministro Barkat, a medida promoverá cooperação econômica adicional no futuro e levará a uma redução nos produtos importados.

“A redução também implica uma garantia aos consumidores israelenses na forma de uma possível redução no custo de vida com a expansão antecipada nas importações de alimentos e produtos agrícolas dos EUA, que se beneficiarão de uma taxa alfandegária zero”, disse o comunicado de Israel.

O anúncio de Netanyahu indica uma tentativa de aproximação com o governo Trump. Os EUA já possuem relações comerciais e diplomáticas muito próximas com Israel, principalmente depois do início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

Apesar de a Casa Branca declarar que “não haverá exceções” às tarifas de Trump, o republicano já adiou ou isentou produtos e países que cumprem certas exigências. O governo norte-americano também afirma que as taxas do “Dia da Libertação” –como Trump chama a data em que imporá as tarifas– devem igualar o que os EUA pagam a outros países.





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