Tebet diz querer dobrar o PIB per capita do Brasil até 2050

Tebet diz querer dobrar o PIB per capita do Brasil até 2050


Ministra defende que diminuição da pobreza e miséria depende do combate às desigualdades regionais

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta 2ª feira (31.mar.2025) querer dobrar o PIB (Produto Interno Bruto) per capita do Brasil até 2050. Segundo ela, a economia brasileira está envelhecendo e é preciso diminuir a desigualdade regional.

Como mostrou o Poder360, o PIB per capita do Brasil teve o 8º pior desempenho entre os países do G20 nos últimos 40 anos. Tebet participou do evento “Diálogos para a construção da Estratégia Brasil 2050”, realizado em São Paulo pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.

“Nós queremos o PIB per capita dobrando até 2050. É um desafio imenso. Não é simples, mas o que importa é as pessoas tendo renda. Não é só o país numa concentração de renda. Queremos que todo mundo ganhe dinheiro, mas nós precisamos olhar para a pirâmide no olhar de baixo”, declarou a ministra.

Entre os desafios do país, Tebet apresentou os seguintes temas:

  • elevada desigualdade de renda e altos índices de pobreza;
  • baixa produtividade e capacidade de investimento;
  • desindustrialização precoce;
  • taxas elevadas de desmatamento;
  • baixa inserção competitiva em redes econômicas globais;
  • elevada informalidade e baixos rendimentos;
  • pressões crescentes sobre o sistema de previdência;
  • baixo desempenho educacional em avaliações internacionais;
  • deficit habitacional e falta de saneamento adequado;
  • altos índices de homicídios e crescimento do crime organizado.

Segundo Tebet, a reforma tributária foi aprovada e ajudará a reduzir a desigualdade e aumentar a produtividade. Ela disse que o crescimento do PIB per capita está concentrado nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

“Este é o Brasil de hoje, o Brasil das complexidades. Um Brasil que é um verdadeiro continente e tem uma desigualdade regional absurda. Não vai haver diminuição da pobreza, miséria e desigualdade social se nós não enfrentarmos as gravíssimas desigualdades regionais do Brasil”, declarou.

Para a ministra, o Brasil está há 20 anos “patinando” no processo de diminuição da desigualdade regional. Defendeu que a demografia é um importante tema para os planos e metas para 2050.

“O Brasil está envelhecendo […] As pessoas não querem ter filho. O problema não é envelhecer. É que nós estamos envelhecendo mal, porque estamos envelhecendo sem termos enriquecido enquanto país, diferente da Europa, que enriqueceu antes”, afirmou.

Do lado dos aspectos positivos, a ministra citou:

  • estabilidade macroeconômica;
  • sistema financeiro avançado;
  • grande mercado consumidor;
  • matriz energética diversificada e das mais limpas do mundo;
  • rica biodiversidade e abundância de recursos naturais;
  • agronegócio moderno e competitivo;
  • SUS (Sistema Único de Saúde);
  • universalização do ensino fundamental e ampliação do acesso ao ensino básico;
  • Bolsa Família e seus efeitos na redução da pobreza extrema;
  • instituições democráticas consolidadas.





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