Decisão foi tomada pelo governo inglês, junto a ONG’s e produtores da mini série
Após o lançamento de “Adolescência” pela Netflix, a mini série dominou as redes sociais e os debates acerca da educação dos filhos, masculinidade tóxica, acesso das crianças as redes sociais, além do bullying e da disseminação do discurso de ódio nas redes sociais. No Reino Unido, o primeiro ministro Keir Starmer apoiou a iniciativa de transmitir a série nas escolas junto a instituições como The Children’s Society e Tender.
Veja as fotos
“Como pai, assistir à série com meus filhos adolescentes foi impactante. Precisamos falar sobre as mudanças na forma como eles se comunicam, o que estão vendo online e como se relacionam com os colegas […] Esse não é um problema que um político possa simplesmente legislar. Precisamos ouvir os jovens”, afirma o ministro Keir Starmer.
A ideia de adicionar a série à grade dos alunos já havia sido defendida pelos produtores de “Adolescência”, Jack Thorne e Stephen Graham, mas a decisão só foi tomada quando os dois realizaram uma mesa-redonda com representantes do governo inglês e das ONG’s interessadas na pauta. “Criamos a série para provocar uma conversa. Queríamos perguntar: como podemos enfrentar essa crise crescente? Levar isso para o ambiente escolar ultrapassa nossas expectativas. Esperamos que professores conversem com os alunos, mas, principalmente, que os próprios alunos conversem entre si”, destaca Jack Thorne.
A trama conta a história de Jamie Miller, um garoto de 13 anos que é acordado com policiais invadindo sua casa com um mandato de prisão pelo homicídio de uma colega de turma. Ao longo de quatro episódios a história vai se desenrolando e o telespectador conhece mais sobre Jamie e sua vida escolar, percebendo o impacto das redes sociais e do bullying na vida do adolescente e dos seus amigos. A história também mostra com sensibilidade e reação da família com o desfecho do caso e a vida após a prisão do filho mais novo.