O chanceler paraguaio Rubén Ramírez afirma que tem “tranquilidade” de que as informações sigilosas estão protegidas
O Paraguai declarou nesta 2ª feira (31.mar.2025) não possuir evidências de tentativas de ataques hackers do Brasil para obter informações sigilosas. O chanceler paraguaio, Rubén Ramírez, afirmou ter “tranquilidade” sobre a proteção das informações administrativas do país.
“Temos a tranquilidade de que as informações que administramos dentro da estrutura de nossas negociações internacionais estão salvaguardadas”, afirmou Ramírez.
A suspeita foi levantada depois do UOL publicar uma reportagem afirmando que o Brasil tentou hackear a conta do governo paraguaio. O objetivo seria conseguir informações sobre tarifas energéticas produzidas pela usina hidrelétrica de Itaipu, cuja gestão é dividida pelos países.
O chanceler também mencionou que as relações comerciais e tarifárias com o Brasil estão estabelecidas até 2027 e são satisfatórias para ambos os países. Isso inclui acordos sobre o Anexo C do tratado de Itaipu.
Ramírez reiterou a ordem e a segurança com que o Paraguai está abordando a proteção de suas informações. Ele destacou a comunicação institucional e oficial como a base para as relações diplomáticas com o Brasil.
O chanceler afirmou que as agências de inteligência dos países estão conversando e que foi informado que “haverá um esclarecimento do Brasil”. Segundo ele, a suposta invasão está sob investigação dos órgãos paraguaios.
O Planalto afirmou que a operação foi autorizada pela gestão anterior, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e derrubada pelo diretor-geral interino da agência já sob o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ramírez reconheceu que o Paraguai sofre ataques cibernéticos constantemente e que a inteligência paraguaia está sempre atuando, com cooperação principalmente dos EUA e de Taiwan.
“Nós sofremos muitos ataques. A fonte desses ataques às vezes foi identificada, mas eles não conseguiram penetrar em nossos sistemas”, afirmou o chanceler.