O portal LeoDias ouviu antecipadamente o “Coisas Naturais”, novo álbum de Marina Sena que será lançado nesta segunda (31/3) em todas as plataforma de música. Com um repertório diversificado e essencialmente brasileiro, a mineira acerta em seu melhor disco até então.
A abertura é com a faixa título, que é uma explosão pop dançante com características de música regional. Na sequência vem a já conhecida “Numa Ilha”, que continua uma levada de canções caracteristicamente brasileiras.
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Logo depois vem “Desmitificar”, a favorita de Marina em todo o disco. Nesta, o som é claramente inspirado em Gal Costa na era menos calma com um canto diferente e bem executado.
Em “Anjo”, Marina mostra que é, acima de tudo, uma diva pop. A parte vocal é novamente destaque com um refrão chiclete sem ser forçado. Um dos pontos mais altos do disco.
Após uma sequência claramente brasileira, a quinta canção poderia ser lançada por estrelas latinas como Karol G ou Natti Natasha. Com as boas participações de Gaia e Nenny, a faixa é um reggaeton perfeitamente executado com um bom molho.
O outro feat no álbum, “Doçura”, colaboração com Çantamarta, é uma música com a cara da América Latina. Ao contrário de outras figuras do pop nacional que forçam lançamentos em língua estrangeira pensando em hitar internacionalmente, Marina Sena diz que surgiu naturalmente, e que não foi planejado.
“Não foi algo intencional. Simplesmente aconteceu, não foi planejado. Eu escrevi ‘Doçura’ enquanto estava em Portugal, e lá eu fiquei pensando que era a cara do Çantamarta. Entrei em contato, a comunicação foi estranha porque eu não falo espanhol e eles não sabem português, mas veio aí”, disse Marina Sena.
A partir daí, cada música possui uma personalidade única e uma experimentação em um novo ritmo. “Sem Lei”, por exemplo, é de um pop mais calmo com groove à la Rita Lee, enquanto “Sensei” é sombria e com traços de R&B.
“Lua Cheia” retoma um pouco a pegada regional do começo do álbum e brinca bastante com a voz de Marina, com efeitos e um uso interessante de autotune.
Muitos ficaram curiosos com o anúncio da cantora de que teria um reggae no disco, que surge na gostosa “Combo da Sorte”.
O pop volta com tudo com “Mágico”, que não deve nada às melhores canções do gênero em todo mundo como “Espresso” ou “Sports Car” de exemplos mais recentes.
Após o segundo feat, vem um “susto” no álbum, como disse Marina na audição exclusiva. “Carnaval” é um funk pesado, rápido e viciante. A definição de Sena foi perfeita, é a faixa mais diferente de todo o “Coisas Naturais” e de toda a carreira da mineira. O que poderia soar estranho, na verdade é um baita acerto.
Por fim, “Ouro Tolo” é um bossa nova com batidas mais marcadas. Com um violão bem pronunciado e uma letra forte, o álbum termina com uma performance emotiva e um monólogo sobre o desamor.
Com estreia ao vivo marcada para o próximo dia 26 de abril em São Paulo, no Espaço Unimed, Marina Sena vai em seu melhor momento como artista, e com o repertório mais interessante dos últimos anos do pop nacional.
Nota: 9,0