Trump diz que está ‘muito irritado’ com Putin e ameaça impor mais tarifas à Rússia

Trump diz que está ‘muito irritado’ com Putin e ameaça impor mais tarifas à Rússia


Republicano, que vinha adotando uma postura mais moderada em relação a Moscou, elevou o tom após líder russo atacar credibilidade de Volodymyr Zelensky

Brendan Smiakiwski e Maxim Shemetov/AFPMontagem mostra mostra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, em 24 de março de 2025, em Washington, DC, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, em 18 de março de 2025
Trump afirmou que Putin está ciente de sua irritação, mas minimizou a tensão entre ambos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (30) estar “muito irritado” e “furioso” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por questionar a liderança do ucraniano Volodymyr Zelensky. A declaração foi feita em entrevista à emissora NBC. Trump, que vinha adotando uma postura mais moderada em relação à Rússia, elevou o tom ao criticar Putin por ataques à credibilidade do líder ucraniano. Em resposta, o americano ameaçou impor novas tarifas sobre o petróleo russo e declarou que pretende conversar com Putin nos próximos dias.

Em entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC, a jornalista Kristen Welker revelou que Trump telefonou para expressar seu descontentamento com as falas de Putin sobre uma possível nova liderança para a Ucrânia. O presidente americano afirmou que, caso não haja um acordo para encerrar a guerra, e se considerar a Rússia responsável pelo impasse, adotará medidas econômicas mais duras. “Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo que ponha fim ao derramamento de sangue na Ucrânia, e se me parecer que a culpa é da Rússia, então aplicarei tarifas secundárias sobre todo o petróleo russo”, disse Trump. Segundo ele, essas tarifas impediriam qualquer país que comprar petróleo da Rússia de fazer negócios nos Estados Unidos.

A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura mais de três anos e, apesar das tentativas de negociação, um cessar-fogo ainda não foi alcançado. Na sexta-feira (28), Putin rejeitou uma proposta dos Estados Unidos e da Ucrânia para uma trégua de 30 dias e sugeriu a renúncia de Zelensky como parte de um acordo de paz. A Ucrânia acusa a Rússia de prolongar as negociações enquanto continua sua ofensiva militar. Durante o fim de semana, novos ataques atingiram a cidade de Kharkiv, no nordeste do país.

Trump afirmou que Putin está ciente de sua irritação, mas minimizou a tensão entre ambos. “Tenho uma relação muito boa com Putin. A raiva se dissipa rapidamente se ele fizer a coisa certa”, declarou. A postura do republicano em relação à Rússia gera preocupações entre aliados europeus e na Ucrânia. Há receios de que um possível acordo negociado pelo presidente americano possa favorecer Moscou. Além disso, as ameaças dos Estados Unidos de reduzir a ajuda militar a Kiev têm sido interpretadas como um incentivo à ofensiva russa.

Putin, no poder há 25 anos, propôs recentemente a criação de uma “administração de transição” na Ucrânia sob supervisão da ONU, sem a presença de Zelensky. Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o Kremlin justifica a ofensiva como uma tentativa de substituir o governo ucraniano, que acusa de ser influenciado pelo Ocidente.

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O conflito segue sem perspectiva de solução, enquanto a lei marcial em vigor na Ucrânia impede a realização de eleições. O próprio Trump já teve atritos com Zelensky, a quem chamou de “ditador” durante uma visita do presidente ucraniano à Casa Branca no mês passado. Na última terça-feira (25), os Estados Unidos anunciaram que Rússia e Ucrânia concordaram em suspender ataques no Mar Negro. No entanto, Moscou condicionou a trégua à suspensão de sanções impostas pelos aliados de Kiev.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Dantas





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